A base estratégica corporativa do negócio empreendido pelo Hospital Estadual Dr Jayme dos Santos Neves (HEJSN) é traduzida na “excelência em saúde, sob orientação cristã” para “expressar a valorização da vida, atuando em serviços de saúde com equidade, qualidade e segurança”, pautadas nos fundamentos éticos, legais e espirituais.
Localizado em Serra, no Estado do Espírito Santo, o HEJSN aceita o desafio de “garantir serviços de saúde com excelência”, comprometendo-se no acolhimento de seus pacientes, com amor e proteção, segundo os ensinamentos de Cristo.
Nesse entendimento, acolher com proteção e amor, no HEJSN, significa assegurar um acolhimento , de forma atenciosa e comprometida, às pessoas, constituindo-se uma ambiência favorável aos desenvolvimentos dos processos produtivos de saúde. Isso possibilita afirmar que não há acolhimento sem amor e, muito menos, proteção, principalmente quando não se considera o risco – gênero e espécies – dentre os quais, os específicos de segurança empresarial.
Assim, no contexto da segurança hospitalar – gênero – a segurança empresarial – espécie –, será desenvolvida, correspondendo, aos investimentos realizados, com retornos consequentes de ações efetivadas diuturnamente.
Nesse escopo, elaborou-se esta avaliação diagnóstica, constituída por esta parte introdutória e outras duas denominadas, textualmente, de riscos de segurança empresarial e conclusão.
Os riscos de segurança empresarial constituem o conteúdo da segunda parte desta avaliação diagnóstica, onde se encontram, especificamente, os tópicos sobre a ambiência geral do HEJSN; avaliação dos riscos de segurança empresarial e medidas de prevenção e proteção.
Na ambiência geral do HEJSN, que é o primeiro tópico, cuidou-se de estabelecer as respectivas áreas de segurança. Os espaços internos constituirão a área de segurança crítica; área de segurança protegida e área de segurança exclusiva. Os espaços públicos, na parte externa da propriedade, constituem a área de segurança de influência, de responsabilidade exclusiva do poder público, mas, também, de forma compartilhada, de acordo com os interesses do HEJSN.
O segundo tópico da ambiência geral do HEJSN diz respeito às informações sociais e criminais, com destaques para os respectivos indicadores. Nos indicadores sociais, são apresentadas considerações específicas sobre a situação econômica e social; educacional e produção da saúde. Estão destacados índices relacionados à Serra, ao Espírito Santo e Brasil. De maneira semelhante, destacaram-se os indicadores criminais sobre a violência e criminalidade de Serra, da Região Metropolitana da Grande Vitória e do Espírito Santo. No contexto dessa particularidade, destacaram-se algumas informações produzidas pelo Instituto Dr Jones dos Santos Neves, notadamente sobre os Crimes Letais Intencionais.
O terceiro e último tópico da ambiência geral do HEJSN apresenta a necessidade da parceria com órgãos e entidades, estaduais e municipais. Este propósito visa ao somatório e compartilhamento de esforços para que haja efetiva prevenção de riscos na área de segurança de influência supracitada.
A identificação e classificação dos riscos; ativos a proteger; vulnerabilidades, ameaças e riscos; registros de segurança empresarial; avaliação dos riscos de segurança empresarial; metodologia para análises de riscos e quantificação dos riscos – resultados são os tópicos da avaliação dos riscos de segurança empresarial, que compõe a segunda parte da avaliação diagnóstica do HEJSN.
Na identificação e classificação dos riscos, observou-se as orientações do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, categorizando-se os riscos externos e internos.
Nos ativos a proteger, o destaque é para as pessoas que integram o corpo de colaboradores do HEJSN. Diferentemente dos demais ativos, tangíveis e intangíveis, as pessoas são consideradas, no contexto de avaliação de riscos, agentes e/ou vítimas.
Quanto as vulnerabilidades, ameaças e riscos, realizou-se acurada observação, identificando-se, nas áreas de segurança internas, as possíveis fragilidades, consequentes dos múltiplos acessos, recepções, e portas corta-fogo favoráveis às ameaças e riscos aos ativos do HEJSN.
Nos registros de segurança empresarial, procedeu-se cuidadosa análise dos acidentes (indicados pela segurança e saúde do trabalho) e incidentes (indicados pela segurança privada – vigilância ostensiva patrimonial – e segurança da informação – vídeo monitoramento) ocorridos no HEJSN. A variação desses registros são indicativos da performance da segurança empresarial.
Valeu-se da proposta metodológica de William T. Fine, na análise dos risos evidenciados e nas considerações orientadas pelo autor na justificação de investimentos para a contenção dos riscos.
Na quantificação dos riscos – resultados, estão destacados os riscos de segurança empresarial mais frequentes nos registros analisados.
Com o último grupo de tópicos, destacado, nas medidas de proteção preventiva, complementa-se a segunda parte desta avaliação diagnóstica. Nela, encontram-se os tópicos denominados de medidas de proteção preventiva existentes, onde são analisadas as condições desejáveis para o design ambiental de prevenção dos riscos; políticas de segurança empresarial; barreiras físicas; controle de acessos; alarmes de detecção – de invasão e de incêndio; vídeo monitoramento (CFTV); Iluminação artificial; Pessoal das atividades de segurança empresarial e registros dos riscos de segurança empresarial.
No tópico seguinte, medidas de proteção preventiva desejáveis, encontram-se as observações comparativas de cada uma das medidas listadas no HEJSN. O foco principal consistia em verificar o que há, realmente, e qual a necessidade indispensável ao empreendimento para assegurar a proteção dos ativos listados.
Na terceira e última parte desta avaliação diagnóstica, encontram-se as considerações conclusivas, visando ao desenvolvimento da segurança empresarial correspondente às expectativas dos gestores do HEJSN e do público em geral.
Os conhecimentos sobre a ambiência do HEJSN são fundamentais para concretizar a avaliação diagnóstica proposta. A ambiência necessária ao empreendimento produtivo da saúde é fator preponderante para o HEJSN cumprir sua finalidade social. Caracterizada pela moderna arquitetura da edificação (FIG.1.1), os espaços foram construídos visando aos cuidados com o bem-estar dos funcionários para atender adequadamente as pessoas – pacientes, visitantes e acompanhantes, segundo os mandamentos estabelecidos pela Política Nacional da Humanização – HumanizaSUS.
Conforme descrição do Quadro 1.1, o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN) está localizado na Avenida Paulo Pereira Gomes, 1089, Morada de Laranjeiras, neste município, é considerado um dos maiores hospitais do Espírito Santo.
Nesse entendimento, desenvolve-se esta avaliação diagnóstica, considerando que a ambiência da segurança empresarial – desenvolvida pelas atividades da segurança e saúde no trabalho, segurança privada e segurança da informação – é adaptável à ambiência do HEJSN.
A avaliação dos riscos de segurança hospitalar implica, necessariamente, no estabelecimento das áreas de segurança, na análise das informações sociais e criminais da localidade do empreendimento produtivo da saúde e nas parcerias firmadas no esforço de prevenir antes de remediar.
Para efeitos desta avaliação diagnóstica, serão consideradas as áreas de segurança (AS), observando o princípio da proteção em profundidade que orienta o conhecimento e a compartimentação dos espaços, públicos e privados, para a delimitação de esforços de proteção. Para a proteção em profundidade dos espaços do HEJSN, serão consideradas as áreas representadas na (FIG 1.2).
Em consequência disso, tem-se, na AS do HEJSN: na parte interna – área de segurança crítica (ASC); área de segurança protegida (ASP) e área de segurança exclusiva (ASE) –, e, na parte externa, área de segurança de influência (ASI).
FIGURA 1.1 – Representação adaptada do princípio de proteção em profundidade, com a delimitação das AS do HEJSN.
Quadro 1.1 – Situação descritiva da edificação destinada ao HEJSN | ||
Edificação | Área (m²) | Descrição geral dos setores |
Pavimento Térreo | 12.344,07 | Bloco A – Utilidades |
Bloco B – Serviços | ||
Bloco C – Centro Cirúrgico | ||
Bloco D – Pronto Socorro (PS) | ||
Bloco E – Hospital Dia, Cantina e Administração | ||
Bloco F – Maternidade e Centro de Imagem | ||
Bloco G – Ar condicionado | ||
1 º Pavimento | 5.581,12 | Bloco B – Casa de Máquinas |
Bloco C – Casa de Máquinas | ||
Bloco D – Estar Médico | ||
Bloco E – Administração | ||
Bloco F – Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ) | ||
Bloco G – Ar condicionado | ||
2º Pavimento | 3.197,40 | Bloco E – Administração |
Bloco F – Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) – Adultos | ||
Bloco G – Ar condicionado | ||
3º Pavimento | 3.510,25 | Bloco E – Diretoria |
Bloco F – Unidade de Tratamento Intensivo /Cuidado Intermediário Neonatal (UTIN/UCIN) | ||
4º Pavimento | 2.413,73 | Bloco F – Unidade de Internação – Maternidade |
5º Pavimento | 2.231,93 | Bloco F – Unidade de Internação – Clínica Cirúrgica |
6º Pavimento | 2.187,30 | Bloco F – Unidade de Internação – Clínica Médica |
Cobertura | 174,92 | |
Barrilete | 96,40 | |
Caixa d’água superior | 96,40 | |
Área de circulação de pessoas e veículos, incluindo, estacionamento e Heliporto | ||
Fonte: Projeto arquitetônico fornecido pelos setores técnicos de engenharia do HEJSN. |
4.1 Proteção preventiva
A proteção preventiva deve ser o foco fundamental da segurança escolar na unidade da RBE. hospitalar do HEJSN. Isso significa buscar esforços dos meios e medidas visando alcançá-la, evitando-se a ocorrência de um evento indesejável, seja pela minimização, contenção, eliminação ou transferência dos riscos. Nesse sentido, evidenciam-se as orientações específicas das escolas americana e espanhola sobre os meios e medidas de proteção preventiva.
A orientação americana é difundida pela ASIS . Essa entidade orienta que a proteção preventiva é exitosa quando se utiliza a prevenção do crime através do design ambiental ; barreiras físicas com dificuldades de acesso ao site; controle de acesso e entrada física; iluminação de segurança, Sistema de Detecção de invasão; Vídeo vigilância; Segurança pessoal e políticas e procedimentos de segurança (ASIS GDL FPSM, 2009, p. 1).
A orientação espanhola, difundida por Gómez-Merelo , destaca que os meios técnicos, diferenciados em equipamentos e sistemas de proteção ativa e de proteção passiva. São todos aqueles materiais, elementos, dispositivos, equipamentos e sistemas que se podem empregar ou se empregam, em geral ou especificamente, em contraposição aos riscos ou ameaças identificados e avaliados.
Esses meios técnicos de proteção são destinados às três áreas de segurança integrada: segurança contra atos antissociais; segurança contra incêndios e segurança e saúde no trabalho.
Os meios técnicos de segurança e saúde no trabalho, são de proteção coletiva (proteção e controle do ambiente e lugar do trabalho) e de proteção individual (protetores de cabeça; ouvidos, olhos e do rosto; vias respiratórias; mãos e braços; pernas, pés, tronco e segurança e proteção total do corpo).
Os meios técnicos de segurança contra atos antissociais destinam-se à proteção ativa (sistemas de central e equipamentos de alarmes e sensores de presença; de controle de acessos; de proteção contra invasões; de circuito fechado de televisão (CFTV) e vigilância por monitoramento de câmeras; de comunicações; de proteção das informações e valores; de proteção pessoal e segurança das instalações e equipamentos de tecnologia da informação e comunicação) e de proteção passiva (sistemas de central e equipamentos de controle de acessos; de proteção das informações e valores; de proteção pessoal) (GÓMEZ-MERELO, 1999, p.72-73).
Há uma tendência de integração, de todas as alas do nosocômio de ambas as escolas, para as atividades de vigilância patrimonial e segurança da informação. No caso da legislação espanhola, comparada à brasileira, verifica-se que a segurança contra incêndio e pânico é destacada da segurança e saúde no trabalho.
À vista desse entendimento, serão analisados os meios e medidas de proteção existentes e necessários para a proteção preventiva da RBE. do HEJSN.
4.2 Medidas existentes e/ou necessárias
As unidades da RBE O HEJSN podem ser divididas em dois grupos de edificação, quando se consideram os padrões recomendáveis para a proteção preventiva por meio da CPTED.
No primeiro grupo, são inseridas as edificações construídas há mais de trinta anos. São as que constituem o complexo do Colégio Batista em Belo Horizonte, do HEJSN exceção feita à que atende a Faculdade Batista Mineira e Educação. Esta e as demais edificações são mais favoráveis à proteção preventiva. Isso porque o dimensionamento das estruturas das edificações recentes considerou, certamente, as orientações básicas e desejáveis à segurança pessoal e patrimonial. Há facilidades de observação do acesso, circulação e da permanência de pessoas que se deslocam aos diversos espaços onde se desenvolvem os processos de ensino e da aprendizagem. atendimento/pacientes. As características estruturais dos diversos ambientes favorecem a prevenção de possíveis agressões, seja pela observação atenta de um(a) vigia (ou vigilante) ou de uma pessoa no monitoramento remoto de câmeras.
A despeito da divisão ora destacada, verificou-se que as edificações mais antigas, se ainda não têm, podem receber os meios e medidas de proteção preventiva, considerados indispensáveis à segurança hospitalar. segurança escolar, nas unidades da RBE.
Considerando as orientações destacadas no item anterior e a prática vigente na maioria das instalações comprometidas com a segurança, verificou-se a realidade das medidas de proteção relacionadas às políticas de segurança hospitalar escolar; barreiras físicas; controle de acessos; alarmes de detecção – de invasão e de incêndio; vídeo monitoramento (CFTV); Iluminação artificial; Pessoal das atividades de segurança escolar hospitalar e registros dos riscos de segurança do nosocômio escolar, destacando-se aspectos relevantes observados, durante a consultoria.
4.2.1 Políticas de segurança hospitalar escolar
Há registros específicos sobre procedimentos de segurança hospitalar na ambiência da Unidade da RBE. do HEJSN. As informações são compartilhadas entre as pessoas, nos setores de trabalhos, de estudos. administrativos/atendimentos.
Não há políticas descritas, com objetivos a serem alcançados, mediante estratégias, ações integrativas e procedimentos escritos para os integrantes da comunidade da RBE. do HEJSN Não há orientações específicas, definindo papéis, responsabilidades e deveres dos setores, profissionais e demais usuários das instalações. Certamente, o senso comum indica sobre a preocupação e os cuidados de protegermos os respectivos pertences. Em consequência disso, há práticas conhecidas e observadas por todos sobre os cuidados e controle da guarda de pertences e condução desses e de outros materiais (exceto os utilizados nos procedimentos funcionais) para o local de trabalho. Há orientações sobre locais de acesso (entrada e saída) de pessoas, dentre outras.
4.2.2 Barreiras físicas
É o obstáculo natural ou estrutural que impede o acesso e a circulação/direção das pessoas, animais, veículos ou materiais.
As unidades localizadas no bairro Colégio Batista, bairro Estoril (“Buritis I”), em Betim, Nova Contagem e Ouro Branco têm barreiras estruturais que satisfazem a proteção preventiva da medida ora considerada. Houve reforço, na maioria dos muros periféricos, com a instalação das “cercas elétricas” que se danificam com as intempéries. Esses dispositivos são fornecidos e instalados por empresas instaladoras de alarmes mediante contrato de prestação de serviços. No caso dos alarmes, há cláusula contratual evidenciando reparos. Mas não há situação idêntica para com as “cercas elétricas”.
Para as unidades do bairro Estoril (“buritis II”), Ouro Branco e Uberlândia, Em contra partida, há necessidade de melhorias, inclusive, construção barreiras em espaços vulneráveis, com possibilidades de acesso para invasores. No caso da unidade de Uberlândia, a barreira a ser construída ficará na parte interna, dividindo as áreas destinadas às atividades de recreação e esportivas com e do estacionamento. A inexistência dessa barreira vulnerabilizam o controle de saída irregular de pacientes e transeuntes alunos e a possibilidade de acesso de estranhos, a partir do estacionamento, ao parque esportivo da unidade.
Nas áreas internas da unidade da RBE, do HEJSN os espaços destinados às atividades educacionais do processo de consulta/atendimento ensino aprendizagem contam com a proteção do sistema estrutural da edificação. O dimensionamento em pavimentos dificulta, por um lado, situações de invasão, diminuindo as possibilidades de sucesso da ação indesejável. Por outro lado, impõe a necessidade de escadas e elevadores, para acessá-los. Com isso, aumentam-se as vulnerabilidades, incluindo-se os “pontos cegos”, não vistos pela vigilância humana, salvo pelo apoio da tecnologia da segurança (detectores de presença e vídeo monitoramento).
À estrutura pavimentada da edificação, acrescentam-se as barreiras constituídas pelas portas de acessos aos espaços de estudos e trabalhos realizados na unidade da RBE, do HEJSN segundo as orientações do controle do acesso.
4.2.3 Controle de acessos
O acesso é a autorização prévia, temporária ou permanente, para a pessoa entrar, circular e permanecer em uma das áreas de segurança definidas em “2.2” desta avaliação diagnóstica.
As possibilidades de acessos físicos, na unidade da RBE, do HEJSN, estão descritas no Quadro 2.1. Há, também, os acessos virtuais nos sistemas informatizados definidos que, a despeito de não ser aberto ao grande público, pode ser acessado por crackers. hackers Em consequência disso, há necessidade de regular esses acessos, como forma de proteger preventivamente os ativos existentes. Tem-se, daí, o controle de acesso físico, das pessoas, veículos e materiais, e acesso virtual das pessoas autorizadas a fazê-lo.
Observou-se que o controle de acesso das pessoas, na unidade da RBE, do HEJSN tem sido feito, também, por meio de barreiras físicas, descritas anteriormente. Àquelas, acrescentaram-se, ainda, outras medidas de proteção preventiva, com é o caso dos sensores detectores de presença; câmeras de filmagem e gravação de imagens e a presença de profissionais de vigilância em postos considerados vulneráveis.
Mas, há registros indicando invasões que não foram observadas pelos meios e medidas de proteção preventiva existentes. Atentar-se para o controle de acesso é fator crítico de sucesso para a segurança escolar. hospitalar. Falhas verificadas nesse meio e medida de proteção preventiva, segundo notícias veiculadas na mídia, tem favorecido a prática criminosa, em várias localidades brasileiras.
Portanto, o controle de acessos, na unidade da RBE, do HEJSN devem ser feito com a conjugação dos meios e medidas de proteção preventivas. Nesse caso, há necessidade de efetiva coordenação, considerando que as medidas supracitadas são de responsabilidade de gerências distintas.
4.2.4 Alarmes de detecção De invasão
A “invasão de dispositivo informático” e “invasão de estabelecimento” são tipificações criminosas previstas na legislação penal brasileira. Verificado o evento, a exemplo do que já ocorreu, adotam-se as providências subsequentes de responsabilidade do poder público.
A possibilidade de invasão nos dispositivos informáticos ocorrerá, mais frequentemente. Em contrapartida, as possibilidades de detecção e defesa são potencialmente efetivas para evitar êxitos do(s) invasor(es).
A invasão aos espaços da unidade da RBE do HEJSN poderá ser furtiva, não violenta, e/ou de forma violenta. Ambas têm objetivos de cunho delituosos. As consequências são invariavelmente subtrações (furtos ou roubos) de bens pessoais ou patrimoniais. Os sistemas de detecção de presença têm sido úteis em alertar outros setores da segurança, desestimulando o invasor da prática criminosa. Há registros de invasão de “ameaça de invasão”. Isso significa que não tem havido efetividade nos meios e medidas de proteção preventiva, seja pela inexistência de alguns ou mesmo pela descoordenação prevista nas estratégias de proteção em profundidade.
4.2.5 De incêndio
Foi alertado anteriormente sobre a exigência das normas quanto ao dimensionamento de sistemas de alarmes e de detecção de incêndios nas unidades da RBE. do HEJNS
4.2.6 Vídeo monitoramento
Nas unidades da RBE, do HEJSN não há vídeo monitoramento realizado com câmeras instaladas em Circuito Fechado de Televisão – CFTV. Algumas unidades contam com câmeras instaladas que gravam e armazenam as imagens, possibilitando visualização a posteriori.
A necessidade dessa tecnologia de segurança é fundamental e não há como obter efetividade da segurança escolar sem um Centro de Coordenação e Controle (CCC).
No CCC serão alocados os transceptores das tecnológicas adquiridas, constituídas pelos hardwares e periféricos, além dos softwares, que facilitarão o trabalho de visualização, por meio de câmeras, fixas ou móveis e de aproximação, de detecção de presença ou de indicativos de uma possível ocorrência de incêndios. Desse modo, tem-se também que, além de abrigar os dispositivos tecnológicos de controles dos meios e medidas de proteção preventiva, no CCC será concentrada toda veiculação de informações de interesse da segurança escolar. hospitalar.
As orientações previstas nas políticas de segurança hospitalar escolar recomendam que o CCC seja um órgão subordinado administrativamente ao setor responsável pela segurança das informações. Essa prática tem-se mostrado exitosa, seja pela necessidade da performance tecnológica ou pela possibilidade do favorecimento da integração com os demais setores envolvidos nas atividades de segurança.
Um CCC, insiste-se, é indispensável ao sucesso da segurança hospitalar escolar integrada, constituindo-se numa ferramenta de suporte capaz de agilizar a troca de informações, além de possibilitar decisões orientadoras de ações preventivas, individuais e coletivas, acertadas e oportunas.
As informações técnicas levantadas indicam que um CCC terá possibilidades de dar o suporte desejável a todas as unidades da RBE, do HEJSN mesmo instalado em Belo Horizonte. Espirito Santo.
4.2.7 Iluminação artificial
A iluminação artificial é diferente o sistema de iluminação de emergência, projetado para iluminar os ambientes de saídas de emergência, no caso do corte de energia fornecida em situação de normalidade. A estrutura arquitetônica dos dois tipos de unidades RBE do HEJSN mencionados anteriormente favorece, ou não, a iluminação natural em boa parte das instalações. Isso favorece as ações de vigilância e de vídeo monitoramento, no ambiente interno. Mas, nas áreas onde não há penetração da luz natural, inclusive, no interior das escadas e áreas contíguas, há necessidade de iluminação artificial.
Durante a noite, nas áreas externas, nas imediações das edificações e demais espaços internos e/ou abertos (ou descobertos) há necessidade de iluminação artificial. As unidades que praticam o ensino noturno devem ter os pátios iluminados, como se fossem de dia. Esses espaços e os citados anteriormente, têm de ser iluminados e observados pelo vídeo monitoramento.
Do contrário, ocorrerá, certamente, situações indesejáveis consequentes de agressões diversas. Considerando as características das atividades desenvolvidas na produção da saúde, inclusive, funcionamento diuturno, o ideal é não haver diferença de luminosidade dos espaços supracitados, durante o dia ou noite.
4.2.8 Pessoal das atividades de gestão da segurança escolar hospitalar
Os setores responsáveis pelas atividades de segurança prevista para a ambiência escolar hospitalar atuam de forma desintegrada, a despeito de buscarem a especialização das respectivas especificidades. Essa situação ocorre naturalmente nas unidades da RBE. do HEJSN. Isso porque os setores desenvolvem os esforços necessários para cumprirem as respectivas missões. Entretanto, na maioria das vezes, diante da falta de comunicação com os demais setores, os esforços não alcançam os resultados esperados, devido, principalmente, às ações, individuais e/ou coletivas, desintegradas, quando deveria ser o contrário.
A despeito disso, as informações buscadas nas pesquisas analisadas, visitas e entrevistas realizadas indicam que a GSE na unidade da RBE so HEJSN deverá contar com o envolvimento dos responsáveis pela gestão dos conflitos – aí incluídos os responsáveis pelo pavilhão/ala disciplina –; recepção/telefonia e encaminhamento de pessoas; prevenção de acidentes e segurança de incêndios; vigilância e proteção pessoal e patrimonial e proteção dos dados e apoio tecnológico de segurança escolar. hospitalar. Esses setores constituem o principal, o mais inteligente, o único capaz de tomar decisão, dentre os demais meios e medidas de proteção preventiva, porque é constituído pelo pessoal das atividades da GSE, conforme descrições seguintes.
4.2.9 Gestores de conflitos – pessoal do pavilhão/ala da disciplina
A segurança escolar hospitalar somente alcançará seus objetivos de prevenir situações agressivas contra as pessoas e o patrimônio se contar com apoio e a participação dos setores escolares hospitalares que gerem os conflitos.
4.2.10 Recepção e telefonia
Observou-se que, na unidade da RBE, do HEJSN há o desenvolvimento dos serviços de recepção e telefonia e têm papel relevante no contexto da segurança hospitalar escolar. Trata-se de uma atividade prioritária, o atendimento às pessoas – e aos chamados telefônicos –, além de orientá-las, nos seus deslocamentos aos locais desejados, ou redirecionar as ligações externas aos destinatários. Mas em diversos momentos de suas atividades, esses profissionais podem tomar conhecimento de situações que devem ser compartilhadas, com oportunidade, a outros setores da segurança escolar. hospitalar Isso facilitará, certamente, uma tomada de decisão, igualmente oportuna, evitando-se a ocorrência de um evento indesejável.
No caso da telefonista de escola, do nosocômio, há possibilidades de atender chamados considerados “trotes”, ou não. De qualquer forma, aconselha-se atentar-se para os detalhes, registrando-os para ações posteriores.
4.2.11 Segurança e saúde no trabalho (SST)
As condições estruturais e de dimensionamento dos espaços, excetos as indicativas de vulnerabilidades, favorecem boas condições, segundo as normas brasileiras para o trabalho. Assim, no contexto da segurança escolar hospitalar da unidade da RBE, do HEJSN a SST tem atribuições fundamentais previstas no Decreto-Lei n⁰ 5.452/43 e modificações posteriores.
A prevenção de acidentes, nas diversas áreas de segurança, tem sido orientada, com atenção especial às recepções, acessos e circulação nos diversos espaços utilizados no desenvolvimento das atividades educacionais, gerenciadas, a despeito da legislação brasileira não orientar os registros dos acidentes envolvendo os alunos, os funcionários em geral na unidade da RBE. do HEJSN.
Outra responsabilidade, atribuída à SST, é a coordenação e execução das medidas de segurança contra incêndios e pânicos. Nesse caso, a atividade não tem sido efetiva, considerando que não foi organizada a brigada de incêndio para a unidade da RBE, do HEJSN conforme exigência da legislação. Acrescente-se, também, as atividades consequentes e relacionadas ao abandono da edificação, inclusive, a condução dos alunos dos pacientes e funcionários para os respectivos PR estabelecidos. Essas responsabilidades devem ser compartilhadas com o setor técnico pedagógico, responsável, incluindo-se os disciplinadores, dentre outros profissionais de apoio às atividades de ensino e da segurança escolar. hospitalar.
As atribuições e responsabilidades de SST são conduzidas e lideradas por um Técnico especializado na área, subordinado ao setor de Desenvolvimento Humano.
4.2.12 Vigilância e proteção pessoal e patrimonial
Essa atividade é competência legal da segurança privada, conforme Lei nº 7.102/83 , regulamentada pelo Decreto 89.056, de 24/11/83, são “as atividades desenvolvidas em prestação de serviços” que se encarregam da “vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados” e a “segurança de pessoas físicas”; além de “realizar o transporte de valores” e a garantia “do transporte de qualquer outro tipo de carga” (Grifamos).
No contexto das normativa brasileira da segurança privada, destaca-se, também, a Portaria que “disciplina as atividades de segurança privada, armada ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas , pelas empresas que possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais (vigilantes ) que nelas atuam, bem como regula a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos financeiros”.
No § 3º da norma supracitada encontra-se que:
§ 3º – São consideradas atividades de segurança privada:
I – vigilância patrimonial: atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio;
II – transporte de valores: atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais;
III – escolta armada: atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários;
IV – segurança pessoal: atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários; e
V – curso de formação: atividade de formação, extensão e reciclagem de vigilantes (Inciso III, do art.2º, da Portaria 3.233/12).
Na referida norma, foram definidos os seguintes objetivos: dignidade da pessoa humana; segurança dos cidadãos; prevenção de eventos danosos e diminuição de seus efeitos; aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada e estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor.
Com efeito, a VOP é atividade exclusiva de Vigilante, conforme a legislação citada e a Portaria nº 3.233/2012-DG/DPF, de 10 de Dezembro de 2012 e modificações posteriores. Verifica-se na citada portaria que:
(…)
Art. 1º (…)
I – vigilância patrimonial: atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio;
(…)
Art. 18. A atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser exercida dentro dos limites dos imóveis vigiados e,(…) deve se ater ao espaço privado objeto do contrato.
(…)
Art. 114 (…)
§ 1º As empresas de vigilância patrimonial poderão dotar seus vigilantes, quando em efetivo serviço, de revólver calibre 32 ou 38, cassetete de madeira ou de borracha, e algemas, vedando-se o uso de quaisquer outros instrumentos não autorizados pelo Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada.
(…)
§ 1º. Nas atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal, as empresas poderão dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais de curta distância – até dez metros:
I – espargidor de agente químico lacrimogêneo (CS ou OC) de até 70g, em solução (líquido), espuma ou gel; e
II – arma de choque elétrico de contato direto e de lançamento de dardos energizados;
(…)
Art. 149. O uniforme do vigilante é obrigatório e de uso exclusivo em serviço, devendo possuir características que garantam a sua ostensividade.
§ 1º A fim de garantir o caráter ostensivo, o uniforme deverá conter os seguintes elementos:
I – apito com cordão;
II – emblema da empresa; e
III – plaqueta de identificação do vigilante, autenticada pela empresa, com validade de seis meses, constando o nome, o número da Carteira Nacional de Vigilante – CNV e fotografia colorida em tamanho 3 x 4 e a data de validade.
(…) (Portaria nº 3.233/2012-DG/DPF, 2012).
As informações anteriores demonstram claramente que a segurança privada e as respectivas atividades são exercidas pelo vigilante, o que não ocorre na Unidade da RBE. do HEJSN
Entendida a concepção legal do que é vigilante, é possível cotejar as funções básicas desse profissional com as do vigia, segundo a orientação fixada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Brasil ao regulamentar as ocupações profissionais.
Na classificação brasileira de ocupações (CBO) adotada pelo MTE, são conhecidas duas “famílias”:
Código: “5173” – “Vigilantes de guardas de segurança”;
Código “5174” – “Porteiros e vigias”.
Na categoria “5173”, há as seguintes subdivisões: 5173-05 , 5173-10 , 5173-15 , 5173-20 e 5173-25 e 5173-30 . Na descrição sumária firmada pelo MTE, durante a ocupação legal, os profissionais enquadrados nessa categoria:
(…)
Vigiam dependências e áreas públicas e privadas com a finalidade de prevenir, controlar e combater delitos como porte ilícito de armas e munições e outras irregularidades; zelam pela segurança das pessoas, do patrimônio e pelo cumprimento das leis e regulamentos; recepcionam e controlam a movimentação de pessoas em áreas de acesso livre e restrito; fiscalizam pessoas, cargas e patrimônio; escoltam pessoas e mercadorias. Controlam objetos e cargas; vigiam parques e reservas florestais, combatendo inclusive focos de incêndio; vigiam presos. Comunicam-se via rádio ou telefone e prestam informações ao público e aos órgãos competentes” (MTE) (Grifamos).
A categoria “5174”, denominada Porteiros e vigias tem as subcategorias 5174-05 , 5174-10 , 5174-15 , 5174-20 . No entendimento do MTE, esses profissionais:
(…)
Zelam pela guarda do patrimônio e exercem a vigilância de fábricas, armazéns, residências, estacionamentos, edifícios públicos, privados e outros estabelecimentos, percorrendo-os sistematicamente e inspecionando suas dependências, para evitar incêndios, roubos, entrada de pessoas estranhas e outras anormalidades; controlam fluxo de pessoas, identificando, orientando e encaminhando-as para os lugares desejados; recebem hóspedes em hotéis; escoltam pessoas e mercadorias; fazem manutenções simples nos locais de trabalho” (MTE) (Grifamos).
Na Unidade da RBE, do HEJSN os profissionais indicados no Quadro 4.1 estão enquadrados nas categorias 5174-15 e 5174-20, descritas anteriormente, a despeito de alguns possuírem o Curso de Formação de Vigilantes.
Verificou-se que a situação atual mais preocupante encontra-se nas unidades localizadas no bairro Colégio Batista, Belo Horizonte, Espirito Santos, pois a quantidade de profissionais não é suficiente para atender a demanda apresentada. À época, o contingente previsto era de 19 profissionais. Havia 18, com um profissional de férias e outro afastado com problemas de saúde.
As movimentações, nos deslocamentos dos profissionais dos respectivos postos e horários indicados anteriormente, têm sido um paliativo àquela situação.
Assim, na perspectiva de completar e ampliar o quadro de profissionais e consequentes melhorias, propõe-se:
Primeira proposta – completar o quadro de profissionais, totalizando 19, com a contratação de mais um profissional para atuar no “Batista Baby”. Desse modo, a unidade terá um profissional na segurança durante o período de funcionamento;
Segunda proposta – aumentar um cargo de disciplina (contratando-se mais um profissional) para a disciplina das séries iniciais, para atuar, inclusive, no acolhimento dos alunos na Rua Saldanha da Gama, 44. Com isso, o vigia daquele posto fará rondas preventivas, nas áreas externas, com pontos-base (PB) previstos nas imediações dos postos existentes.
Quadro 4.1 – Situação do pessoal responsável pela vigilância patrimonial e pessoal da Unidade da RBE. do HEJSN.
Cidade Edificação (Unidade) Pessoal (1) Previsto Existente Serviço D N
Belo Horizonte Espirito Santo Diretoria-Geral e setores de apoio ao ensino administrativo (2) 2 2 1 1
CBM – séries iniciais Educação Infantil, Ensino Fundamental I e (EJA) (3) 8 8 4(4) 4(5)
Batista Baby 1 1 1
Estacionamento (2) 2 2 1 1
CBM – séries finais e Faculdade Batista de Minas Gerais (6) 2 2 1 1
Buritis I – Educação infantil 2 2 1 1
Buritis II – Ensinos fundamental e médio 2 2 1 1
Betim Educação infantil;
Ensinos fundamental e médio 2 2 1 1
Nova Contagem Educação infantil 1 1 1 –
Ouro Branco Educação infantil
Ensinos fundamental e médio 2 2 1 1
Uberlândia Educação infantil
Ensinos fundamental e médio 2 2 1 1
(1) – Inclui um responsável pela coordenação do setor. Há um servidor de férias e outro afastado.
D – diurno; N – noturno.
(2) – Serviço até as 23h.
EJA – Educação de Jovens e Adultos.
(3) – Turno de 24h.
(4) – Durante a entrada e saída de turnos, os profissionais de serviços deslocam-se para as portarias localizadas na Rua Saldanha da Gama, 44, e Rua Varginha, 640.
(5) – Após as 18 h, um profissional desloca-se para a Rua Plombagina, 328, na portaria de acesso ao pronto socorro, dos alunos da Faculdade Batista, onde permanece até as 23 h.
(6) – Após as 18 h o vigia previsto para a Rua Ponte Nova, 665, desloca-se para Rua Varginha 630 na portaria de acesso dos alunos da Faculdade Batista, onde permanece até as 23 h.
Naquela situação, o vigia, no horário de entrada e saída de turnos, no período de 6 às 18 h, continuaria apoiando os profissionais da portaria citada. Além disso, um dos vigias noturno, no período de 20 às 23h pode cumprir a missão ora pretendida. Entre as 23h e 6h, os vigias farão rondas internas externas, individualmente ou em dupla;
Terceira proposta – aumentar um posto de vigilância (contratando-se mais um profissional de vigilância, com jornada de 8h, de segunda a sexta-feira). Nesse caso, o contingente de profissionais de vigilância aumentará para 20, mantendo-se a situação atual, no período diurno, durante o acesso de funcionários alunos. Em contrapartida, aumenta-se a vigilância externa, naqueles dias, de 8h às 16h, com mais um vigia realizando rondas preventivas, a pé ou motorizada, nas áreas externas, com pontos-base (PB) previstos nas imediações dos postos existentes. Após as 18h será mantida a situação da proposta anterior, caso seja adotada;
Quarta proposta – aumentar dois postos de vigilância (contratando-se mais dois profissionais de vigilância, com jornada de 16h, de segunda a sexta-feira). Nesse caso, o contingente de profissionais de vigilância aumentará para 21. Em contrapartida, aumenta-se a vigilância externa, naqueles dias – de 8h às 12h, com mais um vigia; de 12h às 16h, com mais dois vigias, e de 16h às 24h –, com mais um vigia, realizando rondas preventivas, a pé ou motorizada, nas áreas externas, com pontos-base (PB) previstos nas imediações dos postos existentes.
Certamente que as propostas apresentadas têm vantagens e desvantagens, notadamente, nos impactos de ordem econômico-financeira e na segurança escolar, no perímetro escolar das unidades da RBE do bairro Colégio Batista. do hospital. Se aceita(s) e implementada(s) a(s) terceira ou a quarta proposta(s), será avaliada a situação, com vistas a atender outras unidades da RBE. ao HEJSN.
4.2.13 Segurança da informação (SI)
No contexto da segurança escolar, a SI tem papel importante com a participação nas ações de vídeo monitoramento, além daquelas relacionadas à proteção dos dados e das informações da RBE do HEJSN e do desenvolvimento e estímulo do uso de tecnologia em apoio aos demais setores de apoio ao ensino e aprendizagem praticado nas atividades pedagógicas. funcionários do nosocômio. Há, portanto, oportunidade de integração, principalmente, com os setores responsáveis pela segurança hospitalar escolar e a possibilidade de acesso às informações, no tempo certo, a ser utilizadas nas tomadas de decisão.
Experiências bem-sucedidas, com o vídeo monitoramento gerenciado pelo setor da segurança da informação, demonstram que as ações de observação, registros subsidiam análises capazes de melhorar a performance da GSE, a despeito de surgir, num primeiro momento dificuldades, não apenas de ordem econômico-financeira, mas de inter-relacionamentos entre os integrantes da GSE, porquanto que serão, certamente, observados, no desenvolvimento de suas ações individuais ou coletivas.
A superação desse problema passa necessariamente pela realização de treinamentos conjuntos, quando são criadas oportunidades de confrontos que é uma das formas saudáveis de solucionar conflitos dessa natureza.
O dimensionamento da quantidade de câmeras, na unidade da RBE, do HEJSN para ser ligadas ao sistema de vídeo monitoramento do CCC, é tarefa integrada para os integrantes da GSE, sob a coordenação direta dos responsáveis pelos setores de segurança da informação e da vigilância e proteção pessoal e patrimonial.
4.2.13 Registros, análises e investigações das ameaças de segurança escolar hospitalar
São realizados conforme descritos no item “3.4” deste documento. Todavia estão restritos a dois setores da segurança e não têm sido analisados da forma conveniente para gerar produtos auxiliares na mensuração, avaliação e verificação da melhoria do processo escolar. hospitalar. Há, certamente, registros relacionados aos conflitos trazidos à escola ao hospital e de conhecimento dos gestores responsáveis pelos setores técnicos pedagógicos. Administrativos.
É importante avaliar a forma de registro e compartilhamento das informações dos conflitos não equilibrados que se tornaram atos de violência, com reflexos na segurança escolar. hospitalar. Algumas informações dessa natureza, se inexistentes ou intempestivas, concorrem para a ocorrência de fatos indesejáveis. Isso é comum nos episódios em que alunos, um paciente quando não alcançam a proteção desejada na escola, no hospital, cometem atos de indisciplina, inclusive, “fugindo” da ambiência escolar. hospitalar.
No compartilhamento das informações registradas, há de se cuidar obviamente da observância da tutela legal relacionada à proteção e divulgação dos dados e informações importantes, principalmente, das crianças e adolescentes. Acresce-se também a responsabilidade legal daqueles que por dever de ofício tomarem conhecimento dos dados e informações e lhe deram publicidade em virtude de desídia ou irresponsabilidade.
O entendimento ora exposto é indispensável nas discussões colegiadas que buscam a melhoria segurança escolar. hospitalar. Trata-se de uma ação integrativa aliada a um procedimento operacional que deve ser cultivado, a exemplo de outras ações comprometida com o desenvolvimento de uma segurança escolar hospitalar orientada pela inteligência. Nesse caso, realiza-se o ciclo de registrar, analisar e compartilhar os eventos. Na fase de análise, pode ocorrer a necessidade de ações investigativas, ou buscas sistemáticas, nas fontes existentes, e com o suporte dos conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis, visando ao equacionamento e/ou solução dos conflitos ou violências evidenciadas.
5.1 Considerações conclusivas.
Esta avaliação diagnóstica foi realizada com o objetivo de conhecer as situações de segurança escolar da RBE. hospitalar do HEJSN. Nas informações coletadas e relatadas neste documento, verificou-se, incialmente, que a segurança escolar hospitalar é o conjunto das atividades desenvolvidos de forma integrada visando a gestão dos conflitos e da violência escolar. nos hospitais Observou-se, também, que a ambiência da unidade da RBE do HEJSN é propícia aos conflitos, com possibilidades de ocorrência e de modo semelhantes ao que já foi verificado, nas escolas nos hospitais privados e estatais brasileiras, e amplamente discutidos nas pesquisas realizadas. Além das informações ali encontradas, outras – que compõem a literatura da necessidade de equilibrar os riscos, a fim de evitar a violência escolar –, hospitalar -, evidenciam claramente a premência do gerenciamento dos conflitos trazidos à unidade da RBE. do HEJSN.
Conflitos na ambiência escolar hospitalar é um dos fenômenos mais desafiadores aos processos pedagógicos do ensino de atendimento ao público e da aprendizagem. Se equilibrados, os conflitos não têm reflexos desfavoráveis à ambiência da unidade da RBE. do HEJSN. Do contrário, transformam-se em violência e os respectivos graus têm baixo, médio ou alto impacto na segurança escolar, hospitalar, impondo a reparação necessária, consequente da demanda institucional, consequente da imposição de mercado ou da exigência de paz e tranquilidade buscada diuturnamente pela comunidade escolar. hospitalar.
No contexto da comunidade escolar, hospitalar encontra-se a comunidade da RBE, do HEJSN e os seus setores específicos, com atribuições e responsabilidades fundamentais no gerenciamento dos conflitos e da violência escolar. hospitalar. Desses, surgem as agressões internas que, segundo dados de pesquisas analisadas, superam as agressões externas ou aquelas causadas, no perímetro da escola, do hospital, contra as pessoas e o patrimônio da Comunidade da RBE. do HEJSN.
À vista disso, indaga-se:
de que maneira a Unidade da RBE do HEJSN gerenciará o conflito que se transforma em violência e reflete na segurança escolar? hospitalar?
Desenvolver um gerenciamento integralizado e comprometido pela comunidade da RBE do HEJSN é uma resposta imediata. O gerenciamento integralizado significa que não haverá secionar na gestão de conflitos da gestão da violência, a exemplo do que ocorre hoje na maioria das escolas dos hospitais brasileiros. Na unidade da RBE, do HEJSN, observou-se que o equilíbrio dos conflitos tem sido buscado, invariavelmente, pelo setor técnico pedagógico, de forma seccionada.
Não é aconselhável tal seccionamento, pois é fruto da inobservância daquela orientação de que a escola o hospital não é local de violência, onde os conflitos se resolvem pela palavra! atendimento aos pacientes, Se não há palavra – comunicação –, e o conflito não é equilibrado, tem-se a violência. Ora, se a escola é um ambiente propício ao diálogo, a conversação deve percorrer pari passu o caminho do conflito que se transforma na violência e, consequentemente, um problema exclusivo da segurança escolar! hospitalar! Mas, no escopo desta avaliação diagnóstica, não constava realizar uma abordagem detalhada do equilíbrio dos conflitos que entram na escola. no nosocômio. Mesmo porque é uma tarefa técnico pedagógica que tem sido conduzida pelos setores específicos. Por outro lado, verificou-se, igualmente, que a segurança escolar hospitalar tem sido desenvolvida sem a desejável integração. Os responsáveis pelas atividades da saúde e segurança no trabalho, da vigilância e proteção pessoal e patrimonial e da segurança da informação não se comunicavam entre si, inclusive com as pessoas responsáveis pelo setor de recepção e telefonia. Não haverá segurança escolar hospitalar integrada, se cada um desses setores direcionarem suas atividades isoladamente. Isso é divisão de esforços que favorece o surgimento de vulnerabilidades e ameaças consequentes e geradoras de riscos.
Segue-se, então, que um gerenciamento não integralizado, porquanto seccionado, dificilmente será comprometido. Isso porque diálogo e confiança mútuos são fundamentos inseparáveis do comprometimento. Assim, a segurança escolar hospitalar deve ser integrada, comprometida e desenvolvida harmonicamente pelos profissionais dos setores técnicos pedagógicos – aí incluídos os responsáveis pela disciplina –; gerenciamento -; recepção/telefonia e encaminhamento de pessoas; prevenção de acidentes e segurança de incêndios; vigilância e proteção pessoal e patrimonial e proteção dos dados e apoio tecnológico de segurança escolar. hospitalar. Eis o fundamento de um sistema de segurança escolar. hospitalar.
Em consequência disso, a unidade da RBE do HEJSN desenvolverá esforços necessários para gerir os riscos de segurança escolar hospitalar classificados de “atitudes inconvenientes”, ou incivilidade; “ameaças”; “agressões a alunos”; “funcionarios” “agressões a adultos”; “danos”; “furtos”; “invasões”; “roubos – tentados e consumados”, além das situações desfavoráveis de trânsito e as possibilidades de “acidentes” e “incidentes” nos estacionamentos. Embora evidenciadas nas pesquisas, não há, nos registros da RBE do HEJSN verificados, indicativos de agressão consequente da discriminação consequente da “ideologia da ‘democracia racial’” e de “xingamentos e insultos”.
5.2 Considerações sugestivas.
Com efeito, para superar o desafio evidenciado nesta avaliação diagnóstica, sugere-se a RBE ao HEJSN adotar um conjunto de esforços para arquitetar, implementar e operacionalizar seu sistema de segurança escolar hospitalar para prevenir a incidência de possíveis ameaças e riscos capazes de causar danos e perdas.
5.2.1. A proposta de arquitetar o sistema de segurança escolar hospitalar implica na busca de soluções para o tratamento dos riscos evidenciados e melhoria e redimensionamento dos meios e medidas de proteção preventiva, existentes ou a ser adquiridos, assim designados:
- Políticas de segurança escolar; hospitalar;
- Estratégias de proteção escolar; hospitalar;
- Barreiras físicas;
- Controles de acesso
- Alarmes de detecção – de invasão e de incêndios
- Vídeo monitoramento em circuito fechado de televisão (CFTV);
- Iluminação artificial;
- Pessoal executor da segurança escolar; hospitalar;
- Registros, análises e investigações das ameaças de segurança escolar. hospitalar.
No tratamento dos riscos, verificou-se que não há riscos evitáveis, com a simples eliminação dessa ou daquela atividade. É importante refletir sobre os desafios impostos à ambiência da unidade da RBE. do HEJSN. Iniciam a partir do acolhimento diário de sua comunidade até ao desenvolvimento dos processos multivariados do do HEJSN. ensino e da aprendizagem previstos na legislação educacional brasileira.
Por outro lado, não há probabilidades significativas de riscos com altos impactos. Porém, os riscos evidenciados, com alta probabilidades de ocorrências são de baixos impactos. São riscos aceitáveis e devem ser geridos segundo os esforços existentes e otimizados com o aporte de recursos a ser inseridos nos objetivos estabelecidos na política de gestão da segurança escolar. hospitalar. Desse modo, os riscos serão retidos e/ou reduzidos, bem como compartilhados mediante as possíveis parcerias com os órgãos e entidades privadas ou do poder público estadual e municipal, ou mesmo transferidos, mediante a participação de seguradoras, conforme tem sido feito. De qualquer forma, capacitar-se para tratar os riscos é empenhar-se nesse e nos demais esforços descritos em seguida.
5.2.2 A implementação do sistema de segurança escolar na RBE hospitalar no HEJSN, é alcançada com a compreensão das políticas e normas orientadoras e descritas nos seguintes documentos:
Nessas políticas de segurança escolar, hospitalar, estão definidos os princípios e objetivos estratégicos considerados na perspectiva dos beneficiados – os integrantes da comunidade escolar; do hospital na perspectiva da gestão e operacionalidade dos setores envolvidos, direta ou indiretamente, inclusive os parceiros; na perspectiva da comunidade da RBE, do HEJSN com o estímulo do comprometimento e da atualização funcional e na perspectiva dos recursos e tecnologia.
Estão, igualmente, descritas, as diretrizes exequíveis e aplicáveis às situações exigidas para a ambiência da unidade da RBE. do HEJSN. Nos demais documentos destacados, encontram-se as orientações aos procedimentos práticos e atualizados, bem como as ações de coordenação e supervisão e do treinamento diuturno dos profissionais e a utilização da tecnologia de segurança existente e a ser adquirida.
5.2.3 A operacionalização é fruto de gestão programada. É conduzida por profissionais experientes e comprometidos com o sucesso do negócio da RBE, do HEJSN mediante sistemáticas atualizações e avaliações comprometidas com os melhores resultados.
5.2.3.1 Nas atividades de atualização, os profissionais dos diversos setores terão oportunidade de conhecer:
Nas atividades de avaliações, serão viabilizadas mais oportunidades de integração. Nessas atividades, conforme orientações descritas na norma que contém o Plano de Gestão da Segurança Escolar. Hospitalar.
5.2.3.2 Afinal, a RBE HEJSN tem consciência dos compromissos que lhe competem para a manutenção de uma ambiência de paz e tranquilidade de cada unidade escolar, hospitalar, visando a Escola ao Hospital Seguro e Protegido. Na escola No hospital seguro, os conflitos são equilibrados, previnem-se o acidente e a ocorrência de incêndios e pânicos. Na escola No hospital protegido, são identificados e analisados os graus de riscos, nos espaços internos (de acesso, circulação e permanência) utilizados pela comunidade da RBE do HEJSN e, nos espaços externos, nas imediações da unidade escolar.
Assim, a RBE: o HEJSN:
a) Promoverá a proteção preventiva para não ser responsabilizado legalmente por negligência;
b) Qualificará para atender as exigências dos órgãos credenciadores e agências públicas reguladoras;
c) Assegurará a reputação institucional e minimiza o impacto financeiro consequentes de danos e perdas.
Este é o caminho sugerido pela consultoria realizada a fim de que a RBE o HEJSN arquitete, implemente e operacionalize a segurança escolar. hospitalar.
APROVAÇÕES
Esta Avaliação Diagnóstica de Segurança Hospitalar foi elaborada, no período de Março a outubro de 2014, com o objetivo de atender necessidade do Hospital Estadual Jamies Santos Neves e atender Cláusula Contratual inserida no Contrato de Prestação de Serviços, firmado entre o HEJSN e a Intechnet (atual Grupo MindBR) – dos Serviços de segurança hospitalar orientados pela inteligência.
Belo Horizonte, 27 de Novembro de 2014
Elaborador responsável:
Isaac de Oliveira e Souza
Consultor Sênior da Intechnet
Aprovador Legal
Valseni José Pereira Braga
Diretor-geral da RBE do HEJSN