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AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DO HEJSN

1.0 INTRODUÇÃO

A base estratégica corporativa do negócio empreendido pelo Hospital Estadual Dr Jayme dos Santos Neves (HEJSN) é traduzida na “excelência em saúde, sob orientação cristã” para “expressar a valorização da vida, atuando em serviços de saúde com equidade, qualidade e segurança”, pautadas nos fundamentos éticos, legais e espirituais.

Localizado em Serra, no Estado do Espírito Santo, o HEJSN aceita o desafio de “garantir serviços de saúde com excelência”, comprometendo-se no acolhimento de seus pacientes, com amor e proteção, segundo os ensinamentos de Cristo.

Nesse entendimento, acolher com proteção e amor, no HEJSN, significa assegurar um acolhimento , de forma atenciosa e comprometida, às pessoas, constituindo-se uma ambiência favorável aos desenvolvimentos dos processos produtivos de saúde. Isso possibilita afirmar que não há acolhimento sem amor e, muito menos, proteção, principalmente quando não se considera o risco – gênero e espécies – dentre os quais, os específicos de segurança empresarial.

Assim, no contexto da segurança hospitalar – gênero – a segurança empresarial – espécie –, será desenvolvida, correspondendo, aos investimentos realizados, com retornos consequentes de ações efetivadas diuturnamente.

Nesse escopo, elaborou-se esta avaliação diagnóstica, constituída por esta parte introdutória e outras duas denominadas, textualmente, de riscos de segurança empresarial e conclusão.

Os riscos de segurança empresarial constituem o conteúdo da segunda parte desta avaliação diagnóstica, onde se encontram, especificamente, os tópicos sobre a ambiência geral do HEJSN; avaliação dos riscos de segurança empresarial e medidas de prevenção e proteção.

Na ambiência geral do HEJSN, que é o primeiro tópico, cuidou-se de estabelecer as respectivas áreas de segurança. Os espaços internos constituirão a área de segurança crítica; área de segurança protegida e área de segurança exclusiva. Os espaços públicos, na parte externa da propriedade, constituem a área de segurança de influência, de responsabilidade exclusiva do poder público, mas, também, de forma compartilhada, de acordo com os interesses do HEJSN.

O segundo tópico da ambiência geral do HEJSN diz respeito às informações sociais e criminais, com destaques para os respectivos indicadores. Nos indicadores sociais, são apresentadas considerações específicas sobre a situação econômica e social; educacional e produção da saúde. Estão destacados índices relacionados à Serra, ao Espírito Santo e Brasil. De maneira semelhante, destacaram-se os indicadores criminais sobre a violência e criminalidade de Serra, da Região Metropolitana da Grande Vitória e do Espírito Santo. No contexto dessa particularidade, destacaram-se algumas informações produzidas pelo Instituto Dr Jones dos Santos Neves, notadamente sobre os Crimes Letais Intencionais.

O terceiro e último tópico da ambiência geral do HEJSN apresenta a necessidade da parceria com órgãos e entidades, estaduais e municipais. Este propósito visa ao somatório e compartilhamento de esforços para que haja efetiva prevenção de riscos na área de segurança de influência supracitada.

A identificação e classificação dos riscos; ativos a proteger; vulnerabilidades, ameaças e riscos; registros de segurança empresarial; avaliação dos riscos de segurança empresarial; metodologia para análises de riscos e quantificação dos riscos – resultados são os tópicos da avaliação dos riscos de segurança empresarial, que compõe a segunda parte da avaliação diagnóstica do HEJSN.

Na identificação e classificação dos riscos, observou-se as orientações do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa, categorizando-se os riscos externos e internos.

Nos ativos a proteger, o destaque é para as pessoas que integram o corpo de colaboradores do HEJSN. Diferentemente dos demais ativos, tangíveis e intangíveis, as pessoas são consideradas, no contexto de avaliação de riscos, agentes e/ou vítimas.

Quanto as vulnerabilidades, ameaças e riscos, realizou-se acurada observação, identificando-se, nas áreas de segurança internas, as possíveis fragilidades, consequentes dos múltiplos acessos, recepções, e portas corta-fogo favoráveis às ameaças e riscos aos ativos do HEJSN.

Nos registros de segurança empresarial, procedeu-se cuidadosa análise dos acidentes (indicados pela segurança e saúde do trabalho) e incidentes (indicados pela segurança privada – vigilância ostensiva patrimonial – e segurança da informação – vídeo monitoramento) ocorridos no HEJSN. A variação desses registros são indicativos da performance da segurança empresarial.
Valeu-se da proposta metodológica de William T. Fine, na análise dos risos evidenciados e nas considerações orientadas pelo autor na justificação de investimentos para a contenção dos riscos.

Na quantificação dos riscos – resultados, estão destacados os riscos de segurança empresarial mais frequentes nos registros analisados.

Com o último grupo de tópicos, destacado, nas medidas de proteção preventiva, complementa-se a segunda parte desta avaliação diagnóstica. Nela, encontram-se os tópicos denominados de medidas de proteção preventiva existentes, onde são analisadas as condições desejáveis para o design ambiental de prevenção dos riscos; políticas de segurança empresarial; barreiras físicas; controle de acessos; alarmes de detecção – de invasão e de incêndio; vídeo monitoramento (CFTV); Iluminação artificial; Pessoal das atividades de segurança empresarial e registros dos riscos de segurança empresarial.

No tópico seguinte, medidas de proteção preventiva desejáveis, encontram-se as observações comparativas de cada uma das medidas listadas no HEJSN. O foco principal consistia em verificar o que há, realmente, e qual a necessidade indispensável ao empreendimento para assegurar a proteção dos ativos listados.

Na terceira e última parte desta avaliação diagnóstica, encontram-se as considerações conclusivas, visando ao desenvolvimento da segurança empresarial correspondente às expectativas dos gestores do HEJSN e do público em geral.

2.0 RISCOS DE SEGURANÇA HOSPITALAR

Os conhecimentos sobre a ambiência do HEJSN são fundamentais para concretizar a avaliação diagnóstica proposta. A ambiência necessária ao empreendimento produtivo da saúde é fator preponderante para o HEJSN cumprir sua finalidade social. Caracterizada pela moderna arquitetura da edificação (FIG.1.1), os espaços foram construídos visando aos cuidados com o bem-estar dos funcionários para atender adequadamente as pessoas – pacientes, visitantes e acompanhantes, segundo os mandamentos estabelecidos pela Política Nacional da Humanização – HumanizaSUS.

Conforme descrição do Quadro 1.1, o Hospital Estadual Dr. Jayme dos Santos Neves (HEJSN) está localizado na Avenida Paulo Pereira Gomes, 1089, Morada de Laranjeiras, neste município, é considerado um dos maiores hospitais do Espírito Santo.

Nesse entendimento, desenvolve-se esta avaliação diagnóstica, considerando que a ambiência da segurança empresarial – desenvolvida pelas atividades da segurança e saúde no trabalho, segurança privada e segurança da informação – é adaptável à ambiência do HEJSN.

A avaliação dos riscos de segurança hospitalar implica, necessariamente, no estabelecimento das áreas de segurança, na análise das informações sociais e criminais da localidade do empreendimento produtivo da saúde e nas parcerias firmadas no esforço de prevenir antes de remediar.

Para efeitos desta avaliação diagnóstica, serão consideradas as áreas de segurança (AS), observando o princípio da proteção em profundidade que orienta o conhecimento e a compartimentação dos espaços, públicos e privados, para a delimitação de esforços de proteção. Para a proteção em profundidade dos espaços do HEJSN, serão consideradas as áreas representadas na (FIG 1.2).

Em consequência disso, tem-se, na AS do HEJSN: na parte interna – área de segurança crítica (ASC); área de segurança protegida (ASP) e área de segurança exclusiva (ASE) –, e, na parte externa, área de segurança de influência (ASI).

FIGURA 1.1 – Representação adaptada do princípio de proteção em profundidade, com a delimitação das AS do HEJSN.

Quadro 1.1 – Situação descritiva da edificação destinada ao HEJSN
EdificaçãoÁrea (m²)Descrição geral dos setores
Pavimento Térreo12.344,07Bloco A – Utilidades
Bloco B – Serviços
Bloco C – Centro Cirúrgico
Bloco D – Pronto Socorro (PS)
Bloco E – Hospital Dia, Cantina e Administração
Bloco F – Maternidade e Centro de Imagem
Bloco G – Ar condicionado
1 º Pavimento5.581,12Bloco B – Casa de Máquinas
Bloco C – Casa de Máquinas
Bloco D – Estar Médico
Bloco E – Administração
Bloco F –  Unidade de Tratamento de Queimados (UTQ)
Bloco G –  Ar condicionado
2º Pavimento3.197,40Bloco E – Administração
Bloco F – Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) – Adultos
Bloco G –  Ar condicionado
3º Pavimento3.510,25Bloco E – Diretoria
Bloco F – Unidade de Tratamento Intensivo /Cuidado Intermediário Neonatal (UTIN/UCIN)
4º Pavimento2.413,73Bloco F – Unidade de Internação – Maternidade
5º Pavimento2.231,93Bloco F – Unidade de Internação – Clínica Cirúrgica
6º Pavimento2.187,30Bloco F – Unidade de Internação – Clínica Médica
Cobertura174,92 
Barrilete96,40 
Caixa d’água superior96,40 
Área de circulação de pessoas e veículos, incluindo, estacionamento e Heliporto
Fonte: Projeto arquitetônico fornecido pelos setores técnicos de engenharia do HEJSN.

3.0 AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE SEGURANÇA HOSPITALAR

3.1 Considerações preliminares

Os fatores de riscos e de proteção estão distribuídos nos contextos do indivíduo, família, comunidade e sociedade. Esses contextos são constitutivos do universo do  hospital à qual direcionam os respectivos fatores de riscos e de proteção.

Difíceis de percepção aparente, os riscos individuais têm origens diversas, inclusive na predisposição genética para o vício ou a exposição às drogas, durante o período pré-natal. Dentre os fatores de proteção, destacam-se a auto imagem positiva, autocontrole, ou a competência social.

Os indivíduos são membros de famílias. Nesse contexto, os fatores de risco e de proteção incluem os pais e/ou pessoas, com responsabilidades sobre os indivíduos – crianças e adolescentes, dentre outros. Na maioria das vezes, os pais e/ou responsáveis tornam-se fatores de riscos para seus dependentes, quando são usuários de drogas, portadores de sofrimentos mentais, dentre outros desvios, ou incapazes de exercerem uma supervisão adequada. São igualmente fatores de proteção, quando se envolvem num relacionamento familiar saudável com os respectivos filhos, controlando-os e acompanhando-os nos relacionamentos comunitários estabelecidos.

As famílias constituem as comunidades. Usufruem dos equipamentos comunitários – aí incluído o hospital – existentes. Foi destacado anteriormente a existência da comunidade do HEJSN. Nas comunidades, os fatores de risco incluem a situação socioeconômica, recrudescimento da violência e da criminalidade, dentre outros. Dentre os fatores de proteção, ressaem as ações extra escolares, atividades religiosas, culturais esportivas e recreativas para crianças, adolescentes, jovens adultos e idosos. Esses fatores somados àqueles praticados pelas famílias e pelos próprios indivíduos são fundamentais à proteção de todos.

As comunidades estabelecidas, segundo os relacionamentos acordados e estabelecidos na diversidade de normas, constituem a sociedade. Tais normas constituem fatores de risco quando permitem ou toleram – por não ser cumpridas conforme estabelecidas – a utilização de substâncias nocivas à saúde (mas de uso permitido a uma parcela da população); a discriminação racial ou desrespeito às diversidades. Mas as normas e as instituições criadas pela sociedade constituem os principais fatores de proteção contra o desrespeito da sociedade para com as comunidades, famílias e indivíduos.

Assim, nos espaços dimensionados – para o acesso, circulação e (permanência de pessoas; estacionamento de veículos e armazenamentos de materiais diversos) – no HEJSN, há possibilidades daquela multiplicidade de fatores de riscos originarem ocorrências de episódios indesejáveis – consequentes de conflitos transformados em atitudes, gestos e comportamentos violentos – e pelas pessoas.  Além disso o HEJSN não dispõe, certamente, da multiplicidade dos fatores de proteção.

Resta-lhe, portanto, “engenho e arte” para minimizar, conter, evitar e/ou transferir os riscos que à ela se dirigem.

Como fazê-lo: eis o desafio!

Nesse entendimento, desenvolveu-se a avaliação dos riscos de segurança hospitalar, considerando dois aspectos fundamentais. O primeiro foi a identificação dos riscos, em função das vulnerabilidades e ameaças, a partir das considerações teóricas e práticas demonstradas anteriormente e possíveis de ocorrer numa ambiência hospitalar. O outro aspecto considera a análise dos riscos identificados nas perspectivas das consequências, ou impactos financeiros e/ou reputação institucional; a frequência dos riscos, no tempo e no espaço, e a probabilidade da ocorrência.

3.2 Identificação e classificação dos riscos

A identificação e classificação dos riscos são consequências do entendimento dos conceitos de ativos, vulnerabilidades, ameaças e riscos. Ressalte-se que os meios e as medidas de prevenção protetiva direcionados aos ativos hospitalar privilegiam as pessoas da comunidade escolar em relação aos demais bens patrimoniais.

O risco para os ativos considerados ocorre em função das ameaças recorrentes principalmente das vulnerabilidades.
Em consequência disso, se as vulnerabilidades são identificadas e eliminadas, evitam-se as possibilidades de recrudescimento das ameaças e a minimização dos riscos. Isso significa que há riscos que, a despeito de serem identificados, dificilmente serão eliminados. Nesse caso, devem ser transferidos, valendo-se de parcerias públicas ou privadas.

Na categorização dos riscos, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa – IBGC – evidencia que “há dois componentes que se inter-relacionam: Pessoas – principalmente como causas – e a Reputação – principalmente como consequência – do bom ou mau gerenciamento dos riscos” (IBGC, 2007, p. 16-17).

Nesse entendimento, as pessoas e os bens patrimoniais são os ativos, alvos de riscos , reais e percebidos, consequentes das ameaças e vulnerabilidades. Em consequência disso serão esquadrinhadas algumas situações indicativas de perdas, danos e de intranquilidade recorrente da sensação de insegurança, em consequência das vulnerabilidades ou ainda pela inexistência, ou disfunção, das medidas de proteção.

De acordo com a metodologia do IBGC, os riscos possíveis serão categorizados de internos e externos , conforme descritos no Quadro 2.1.

Quadro 3.1 – Categorização dos riscos de segurança . hospitalar

Riscos                                                  Origem                      Tipo Natureza                     Estratégico Operacional

Externo Ambiental x –     Social Atos antissociais x –           Trânsito x –
Interno Ambiental x –           Conformidade – x             Social Atos antissociais – x           Trânsito – x        Tecnológico – x –
Fonte: IBGC, 2007 e dados e informações da avaliação diagnóstica.

Os riscos externos relacionados à segurança escolar são de natureza estratégica e na ASI, especificamente, nos estabelecimentos comerciais, com práticas lícitas ou ilícitas, e nos logradouros que possibilitam o acesso ao HEJSN. São tipificados de riscos ambiental e social.

Os riscos externos ambientais que poderão ocorrer com possibilidades de agressões externas (invasões, depredações e queimadas consequentes de causas diversas, acintosas ou por descuidos técnicos, no manuseio de equipamentos e/ou produtos e outros materiais capazes de provocar incêndios, inundações, ou comprometimento da água, tornando-a imprópria para a ambiência hospitalar).

Os riscos externos sociais são aqueles consequentes de infrações penais e de trânsito, previstos na legislação brasileira. Para o enfrentamento desses riscos conta-se com o apoio dos órgãos públicos, estaduais e municipais, encarregados de apoiar a segurança hospitalar na proteção da comunidade do HEJSN ou nas benfeitorias, na via pública, com indicativos de fluxos de tráfego, sinalizações para veículos e pedestres, além das parcerias com organizações governamentais e não governamentais que se encarregam da proteção da criança e do adolescente e do meio ambiente.

Os riscos internos são de natureza operacional , especificamente os ambientais, sociais, tecnológicos e de conformidade com implicações na segurança hospitalar. 

Os riscos internos, de natureza operacional, ambientais e sociais, correspondem àqueles de natureza estratégica, acrescidos das incivilidades e outras situações de conflitos trazidos ao HEJSN. Nesse caso, as agressões ocorrem nas ASE, ASP e ASC, administradas pelo HEJSN e os agressores, na maioria das vezes, vinculam-se às mesmas, direta e/ou indiretamente. Mas, outros dois tipos de riscos, de natureza operacional, verificados frequentemente nos ambientes corporativos são os de conformidade e tecnológicos. Os riscos de conformidade são caracterizados, normalmente, por “atitude inconveniente”, consequente do descumprimento de normas internas. Os riscos tecnológicos podem ocasionar problemas para a gestão da segurança hospitalar, seja pela mobilização, com atitudes antissociais, em consequência da paralização de um equipamento utilizado amplamente na atividade de tratamento e ou pela falha dos equipamentos da tecnologia de segurança.

3.3 Ativos a proteger

Dos levantamentos realizados para relatar esta avaliação diagnóstica, verificou-se que os ativos a serem protegidos, no HEJSN, são:

a) As pessoas, incluindo seus valores morais, espirituais e materiais, da comunidade do HEJSN

b) O desenvolvimento dos procedimentos funcionais de atenção e apoio ao atendimento hospitalar; 

c) Os serviços de recepção e atendimento às pessoas, instalações, reparos e substituições de máquinas e equipamentos mecânicos, elétricos e eletrônicos;

d) Os registros e processamento de dados, reuniões, comunicação com os colaboradores e visitantes; outros serviços de projetos e apoio aos procedimentos  hospitalares previstos;

e) Os sistemas computadorizados (aplicativos, sistemas básicos e ferramentas de desenvolvimento) dos processos do nosocômio;

f) Os sistemas de segurança hospitalar (equipamentos, câmeras, monitores, gravadores equipamentos diversos dos sistemas de prevenção contra incêndio e pânico – extintores, hidrantes, chaves acessórias e mangueiras, dentre outros dos sistemas de saída e de iluminação de emergência, de detecção de fumaça, etc.);

g) Os equipamentos de informática (hardwares diversos de comunicação de dados); mídias (fitas e discos); fornecedores de energia alternativa; armários, cofres e móveis em geral, outros equipamentos;

h) Os equipamentos, instrumentos, meios auxiliares e mobiliares de cada um dos setores responsáveis pelo apoio e execução das atividades hospitalares;

i) Os documentos diversos sobre projetos de processos funcionais; cópias de contratos, contábeis e financeiros, dentre outros;
imagem e reputação do HEJSN; informações arquivadas em bancos de dados; documentação de sistemas; material de treinamento; procedimentos; planos diversos; relatórios; telas; mídias; mensagens eletrônicas; registros de dados; arquivos de dados e outras informações; veículos nos estacionamentos.

Nesse contexto, as pessoas destacam-se na condição de ativos a ser protegidos e/ou causas de riscos. Isso significa que as pessoas, no HEJSN podem ser vítimas ou agentes de riscos. Nesse caso, a relação pessoas-espaços é um dos aspectos a ser considerados na classificação do risco. Têm-se, portanto, num hospital, espaços com alta, média e baixa possibilidade de riscos. E a quantidade de pessoas num determinado espaço é, certamente, determinante para a classificação da gravidade do risco.

3.4 Vulnerabilidades, ameaças e riscos

As vulnerabilidades favorecem as ocorrências de ameaças, com as possibilidades de efetivação dos riscos contra os ativos do HEJSN. Essa situação é, igualmente, favorável a um ambiente com sensação de insegurança e/ou de medo das ameaças, a despeito do surgimento de incidentes de segurança causadores, ou não, de riscos, notadamente para as pessoas. Se não há vulnerabilidades, as ameaças são contidas e a possibilidade de riscos torna-se remota.

Nesse entendimento, no Quadro 3.1 encontram-se mapeadas algumas vulnerabilidades observadas, ressaltando que não foram considerados os conflitos trazidos e/ou originados no HEJSN. Outras vulnerabilidades verificadas junto aos setores de segurança e saúde no trabalho e de vigilância e proteção pessoal e patrimonial.

3.5 Setor de segurança e saúde no trabalho

3.5.1 Prevenção contra incêndios e pânico

A situação de segurança contra incêndio e pânico do HEJSN não é preocupante, quando se analisa o estado de conservação das edificações. Algumas delas foram construídas observando critérios de proteção contra incêndio e pânico, segundo as normas vigentes. À essa situação, acresce-se o fato de serem baixos os riscos de incêndios possíveis, para tais edificações do HEJSN, conforme classificação estabelecida na legislação vigente.

Quadro 3.2 – Vulnerabilidades de segurança hospitalar percebidas nos espaços na ambiência do HEJSN.

Cidade                                Edificação                              (Unidade)                                      Descrição das Vulnerabilidades percebidas

  Espirito Santo      Diretoria-Geral e setores de apoio ao     hospital               Não há vigilância visual, de 23h às 6h. Risco alto de acidente de trânsito (RAAT). Edificações nos francos esquerdo e direito e nos fundos. Barreira periférica (grades) na parte frontal
Setores de apoio ao hospital e associação de funcionários Não há vigilância visual ou monitoramento por câmeras. Frequência alta de acessos, inclusive, de pessoas estranhas. Portão da garagem aberto durante todo o dia. RAAT. Recepção de materiais.
Núcleo de apoio à comunidade Vigilância visual, eventualmente, à distância.
Não há monitoramento de câmeras.
Frequência média e variada de acessos.
Não há vigilância visual nem monitoramento por câmeras.
Vigilância visual nas portarias de acesso, nas entradas e saídas de turnos do. Não há estacionamento pra todos os veículos. Muitos são estacionados nas ruas adjacentes à edificação que atende ao HEJSN.
Possibilidades de agressões, durante o deslocamento e nas imediações dos acessos.
Possibilidades de agressões, durante os deslocamentos e os acessos, nas entradas e saídas de turnos dos funcionários e médicos do hospital.
Médico, Enfermeiros(as) e funcionários dividem, em determinado horário, espaços e instalações utilizados. Possibilidades de agressões, durante o acesso.
Veículos estacionados em espaços não sinalizados. Possibilidades de conflitos geradores de violência.
Risco alto de acidente de trânsito (RAAT).
Portaria de acesso da Pediatria na calçada da rua. Na parte frontal, a portaria integra o conjunto da barreira externa.
Possibilidades de agressões, durante os deslocamentos e os acessos, nas entradas e saídas de turnos.
 dividem, diuturnamente, espaços e instalações com os funcionários do nosocômio. 
 Rua sem saída, com espaço de coleta de água de chuvas.
Há possibilidade de inundação, nas imediações.
Possibilidades de agressões, durante os deslocamentos e os acessos, nas entradas e saídas de turnos.
Possibilidades de agressões, durante os deslocamentos e os acessos, nas entradas e saídas de turnos.
Veículos de médicos , enfermeiras (os), funcionários e visitantes são estacionados nas proximidades da portaria principal. Não há controle desse tipo de acesso e o portão de acesso ao estacionamento permanece aberto.
Pronto socorro –  Possibilidades de agressões, durante os deslocamentos e os acessos, nas entradas e saídas de turnos.
Risco alto de acidente de trânsito (RAAT).
No espaço de estacionamento dos veículos, não há sinalização de espaços, segundo as normas de trânsito.
Não há vigilância visual (exceto na portaria principal) ou monitoramento por câmeras.
 Possibilidades de agressões, durante os deslocamentos e os acessos, nas entradas e saídas de turnos.
Risco alto de acidente de trânsito (RAAT) na rua da portaria principal do HEJSN.
Vigilância visual na portaria principal.
No espaço de estacionamento dos veículos, não há sinalização de espaços ou controle de velocidade, segundo as normas de trânsito.
Fonte: Documentos do HEJSN recebidos, buscados, via Web, e analisados, além das visitas realizadas nas unidades.
Nota: Algumas Unidades da Federação Brasileira editaram dispositivos legais normatizando o perímetro hospitalar.

Consideraram a distância de 100 metros, bem como a proibição de “pontos fixos” de comércio (de medicamentos, combustíveis, e substâncias inflamáveis ou explosivas, produtos farmacêuticos; ervas medicinais; fogos de artifícios; animais vivos ou embalsamados; bebidas alcoólicas, alimentos, guloseimas e frutas em geral.

A segurança de incêndio e pânico para o HEJSN está prevista na Lei n° 14.301, de 19 de Dezembro de 2001, que dispõe sobre a prevenção contra incêndio e pânico no Estado de Minas Gerais. Essa norma é regulamentada pelo Decreto nº 44.746 de 29 de fevereiro de 2008, alterado pelo Decreto nº 46595, de 10 de Setembro de 2014.

Na Instrução Técnica-01 – Modificada pelas Portarias 12 (2011) e 17 (2014) – Procedimentos Administrativos há as orientações para o dimensionamento das medidas de proteção contra incêndios e pânicos no HEJSN.

De acordo com o que está previsto na IT-01 do CBMMG, cada edificação do HEJSN, com área superior a 750 m2 e altura menor ou igual a 12 metros deverá ter um projeto técnico, aprovado e vistoriado – para que haja posterior expedição do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB) –, desde que considere, no respectivo dimensionamento, o “Acesso de Viaturas”, do órgão citado; “Segurança Estrutural contra Incêndio; “Compartimentação Vertical”; “Saídas de Emergência”; “Brigada de Incêndio”; “Iluminação de Emergência”; “Alarme de Incêndio”; “Sinalização de Emergência”; “Extintores” e “Hidrantes”.
Quanto à situação de regularidade das edificações, segundo as normas citadas, as observações levantadas encontram-se no Quadro 3.3.

Quanto às instalações das medidas de proteção dimensionadas, segundo as informações anteriores, pode-se afirmar que as estruturais correspondem ao que foi projetado (exceto a edificação que atende ao HEJSN, dimensionada) e há os equipamentos de extinção.

Quadro 3.3 – Situação de regularidade da segurança de proteção contra incêndio e pânico no HEJSN.

Cidade                     Edificação                           (Unidade)                                 Situação da segurança contra incêndio e pânico
 Espirito Santo    Diretoria-Geral e setores de apoio ao  atendimento.     Há registros de aprovação do Certificado nº 395/02, de 28/12/2001.
Setores de apoio ao atendimento e associação de funcionários (*)
Núcleo de apoio à comunidade Há registros de aprovação do Certificado nº 397/02, de 21/01/2002.
Há registros de aprovação do Certificado nº 363/02, de 25/01/2002.
 edificações existentes nos   foi expedido o Certificado de aprovação de projeto nº 002/03,  
(*) – Não foi encontrada informações a respeito.
(**) – Há informações de que está sendo elaborado projeto.

Não há informações de operacionalização sobre o abandono das edificações e se as medidas de proteção envolvidas nesta atividade estão funcionando.
Não há brigada de incêndio no HEJSN. Foram treinados, neste ano, 50 profissionais que estão em condições de integrá-las.
A constituição da brigada de incêndio, nos termos da Instrução Técnica-12 deve ser competência de um Conselho Gestor de Crise (CGS) do HEJSN, designado pela direção da respectiva. É certo que qualquer situação definida como crise pode implicar no consequente abandono das alas de enfermagem. Nesse caso, os funcionários, Enfermeiras (os), no momento de crise, têm papel fundamental, pois, são eles que conduzirão os pacientes, em segurança, para um ponto de reunião (PR) previamente definido, observando as orientações dos brigadistas.
O abandono de edificação é outro desafio a ser vencido de forma integrada. Não há um único setor responsável por essa tarefa. É responsabilidade de todos, as atividades de planejamento e treinamento para uma situação de abandono. Isso significa que, na situação real de abandono, as ações serão consideradas normais, evitando-se toda e qualquer forma de atropelo que poderão tornar-se comprometedoras para o HEJSN.

3.5.2 Prevenção de acidentes

A prevenção de acidentes, de responsabilidade do setor de segurança e saúde no trabalho, é outro desafio a ser superado. No apêndice 4, há registros fotográficos de situações concorrentes para acidentes. No HEJSN, frequentada diuturnamente por crianças e adolescentes, jovens adultos e idosos, deve-se eliminar ao máximo toda possibilidade de acidentes. Conforme verificado anteriormente, mas prevenir acidentes será uma medida que evitará o agravamento de situações indesejáveis.

3.5.3 Setor de vigilância pessoal e patrimonial

As vulnerabilidades destacadas nas unidades, principalmente nas portarias descritas no Quadro 3.1 e nas demais informações do Quadro 3.2, favorecem o surgimento de muitas ameaças. Essas, quando efetivadas, constituem os riscos para as pessoas e para o patrimônio dessas e do HEJSN. A ameaça pessoal e patrimonial é, portanto, objeto de prevenção do setor de vigilância pessoal e patrimonial. Por esse motivo, deve-se atentar os locais de acesso de pessoas, com a alocação de profissionais, suplementados com câmeras e alarmes indicativos de portas/janela/portões aberta(o)s e/ou arrombada(o)s. Essa situação tem sido uma das principais facilitadoras de ameaças e riscos de subtrações de bens patrimoniais.

O Relatório dos eventos de segurança hospitalar, observados ou levados ao conhecimento dos respectivos setores, é um dos meios e medidas de proteção preventiva desejável. Possibilita avaliar de que maneira se assegura o desenvolvimento dos processos   administrativos do HEJSN.

É importante registrar e analisar, respectivamente, pelos setores técnicos; segurança e saúde no trabalho vigilância e proteção pessoal e patrimonial e segurança da informação todos os conflitos percebidos, as atitudes, gestos e comportamentos de incivilidade não caracterizadores de ato infracional/infração penal; os acidentes e os incidentes físicos, lógicos ou monitorados por câmeras.

Nos GRÁFICOS 3.1 e 3.2 estão demonstrados os registros realizado pelos setores de saúde e segurança no trabalho e de vigilância e proteção pessoal e patrimonial.

3.5.4 Setor de saúde e segurança no trabalho

Os registros do setor de saúde e segurança no trabalho, além das informações sobre as vulnerabilidades, referem-se aos acidentes e estão projetados no GRÁFICO 3.1. O referido gráfico contém os acidentes registrados – típicos de trajeto . Observa-se que no período considerado houve predominância na quantidade dos acidentes típicos em relação aos de trajeto. Mas o mesmo não ocorreu com a quantidade dos dias perdidos, em consequência dos acidentes de trajeto. Não há indicativos de crescimento da quantidade de acidentes que alcançou o máximo de 24 acidentes em 2012 e 2013. Para o ano de 2014, a tendência é a de que a quantidade seja menor do que a registrada em 2011.

Gráfico – 3.1 Registros de acidentes típicos e de trajetos nos anos de 2011 a 2014, incluindo o mês de Setembro.

Fonte: Livro de registros de ocorrências do setor de vigilância. do HEJSN.

3.5.5 Setor de vigilância e proteção pessoal e patrimonial

O setor de vigilância e proteção pessoal e patrimonial registra diariamente as ocorrências conhecidas, pelos respectivos integrantes, ou levadas ao conhecimento dos profissionais de serviços. Esses registros são feitos em um livro que fica no setor. Não há análise sistemática das informações, com a finalidade de orientar ações preventivas. Muitas informações são de interesse dos setores de apoio   do HEJSN

Com a finalidade de ilustrar, realizou-se um levantamento em um dos livros do ano de 2013, verificando os registros dos meses de setembro de outubro. Registros de ocorrências realizados pelo setor de vigilância e proteção pessoal e patrimonial do HEJSN, nos meses de Setembro e Outubro de 2013. Os resultados encontrados foram inseridos no Gráfico 3.2.

Gráfico – 3.2 Registros de ocorrências realizados pelo setor de vigilância e proteção pessoal e patrimonial do HEJSN, nos meses de Setembro e Outubro de 2013.

Fonte: Livro de registros de ocorrências do setor de vigilância do HEJSN.

Foram registradas 102 ocorrências, no mês de setembro, e, 122, no mês de outubro de 2013. As ocorrências registradas referem-se a “Relatório de Término de Serviço”; “Comunicação de providências – Manutenção”; “Porta encontrada aberta”; “Pernoite de veículo no estacionamento”; “Roubo tentado”; “Porta, portão e janela encontrados abertos”; “Janela encontrada aberta”; “Lâmpada deixada acesa”; “Material encontrado” e “Notificação de irregularidade – estacionamento”. Dentre as registradas e que aumentaram, quando comparados os meses considerados, encontram-se: “Relatório de Término de Serviço”, de 76 para 103; “Lâmpada deixada acesa”, de 1 para 7 e “Material encontrado”, de 1 para 3.

O registro de eventos na ambiência hospitalar, incluindo a análise sistemática e compartilhamento dos relatórios com os setores envolvidos na GSE, constitui um dos mais eficazes meios e medidas de proteção preventiva. Dessa maneira, reúnem-se informações que podem ser utilizadas na avaliação da eficácia e eficiência dos esforços de segurança hospitalar, dentre outros benefícios.

3.6 Metodologia para análise dos riscos

Analisar e classificar riscos de segurança no HEJSN tem sido um dos principais desafios na GSE. Esse desafio é mais significativo quando se verifica que não há, ainda, um modelo específico exclusivamente objetivo, necessitando da interferência subjetiva, subsequente da experiência do analista de riscos. Para a análise ora apresentada, valeu-se do modelo proposto por Vergara (2005, p. 15 e 185) e T. Fine (1971), considerando os riscos de segurança hospitalar identificados nos levantamentos realizados no HEJSN.

Na proposta do método T. Fine (1971), pode-se analisar o risco por meio do “somatório do risco” (R) e a justificação (J) que determina “se o custo de uma ação corretiva para aliviar um risco se justifica”. R é encontrado com a aplicação da seguinte fórmula “abreviada:
R=C x E x P

Para T. Fine (1971), a “C” é “o resultado mais prováveis de (eventos) – um acidente (e/ou incidente) potencial, incluindo lesões e danos materiais”. É a consequência de uma avaliação que verifica “toda a situação em torno do perigo do acidente ocorrido”.

A “E” resulta da “frequência de ocorrência do evento de risco (evento indesejado que poderia começar a sequência de acidente). (…) A seleção é baseada na observação, experiência e conhecimento da atividade em causa”.

A “P” é a probabilidade de ocorrência de um evento de risco, observando-se, num determinado período, uma sequência completa de eventos registrados”

Concluídos os cálculos de “R” , calcula-se, em seguida, a “J” resulta da operação matemática por meio da seguinte fórmula:
J=R/(Fc x Gc)

Assim, a razão entre “R (C x E x P)” e o produto do fator de custo (Fc) e o grau de correção (Gc), encontra-se o resultado de “J” que indicará a justificativa do investimento.

3.6.1 Quantificação dos riscos – resultados

Os riscos de segurança descritos no Quadro 3.4 são aqueles possíveis de ocorrerem na ambiência do HEJSN.

Com o propósito de encontrar o “R” e depois o “J” foram atribuídos, respectivamente, para “C”, os valores “5” (“danos até US$ 1000”) e “15” (danos de US$ 1000 até US$ 100.000”); para “E”, os valores “3” (“Ocasionalmente – de uma vez por semana a uma vez por mês”) e “5” (“Frequentemente – aproximadamente uma vez por dia”) e para “P”, os valores “6” (“É perfeitamente possível, não seria incomum, tem 50% de chance e espera-se, que aconteça”).

Segundo os critérios definidos na metodologia utilizada, os FC foram definidos com os valores de “4” (entre US$ 10.000 e US$ 25.000); “6” (entre US$ 25.000 e US$ 50.000) e “10” (acima de US$ 50.000) e os GC em “2” (risco eliminado em 75%).

Assim, após os cálculos, conforme dados expostos no Quadro 3.4, os riscos de “Atitudes inconvenientes”, “Ameaças”; “Agressões a alunos”; “Danos”; “Furtos”; “Roubos” e de “Trânsito-estacionamento” têm “J” superior a 20, enquanto que os as “Agressões a adultos”; “Invasões (físicas)” e “Trânsito-acidentes” o “J” é maior do que 10 e menor do que 20. Para ambas as situações, têm-se, respectivamente, que os investimentos propostos são “normalmente justificados ” e “plenamente justificados”, com grande possibilidade de redução dos riscos.

Quadro 3.4 – Riscos de segurança  hospitalar identificados no HEJSN, segundo o Grau de Criticidade e a Justificativa de Investimentos.

3.6.2 Riscos de Segurança empresarial Fatores Somatórios do risco Valores estimados
(US$)

R=C x E x P J=R/(FC x GC)
C E P Mínimo Máximo
Atitudes inconvenientes 15 5 6 450 22,50 50.000
Ameaças 15 3 6 270 22,50 25.000 50.000
Agressões a pacientes 15 5 6 450 22,50 50.000

Idosos

Adultos 5 3 6 90 11,25 10.000 25.000
Danos 15 3 6 270 22,50 25.000 50.000
Furtos 15 3 6 270 22,50 25.000 50.000
Invasões 5 5 6 150 12,50 25.000 50.000
Roubos (tentados e consumados) 15 3 6 270 22,50 25.000 50.000
Trânsito Acidentes 5 3 6 90 11,25 25.000 50.000
Estacionamento 15 5 6 450 37,50 25.000 50.000

Fonte: Dados da Avaliação diagnóstica e Método William T. Fine.

A análise e classificação dos riscos, além da metodologia utilizada, considera a consequente relação: qualidade versus efetividade. Nesse caso, efetividade considera que, com os investimentos realizados, haverá eficiência, eficácia e, acima de tudo, ética em todas as ações individuais e coletivas da GSE. Em consequência disso, verifica-se que os valores correspondentes aos investimentos aproximados entre US 285.000 e US 475.000.

Desse modo, conforme demonstrado nessa avaliação diagnóstica, há necessidade dos investimentos, a fim de se buscar de soluções capazes de conter ou minimizar os riscos identificados e assegurar a tranquilidade ao desenvolvimento dos processos administrativos/atendimentos propostas pelas atividades do HEJSN

Por outro lado, lamentavelmente, os registros coletados não apresentaram estimativas das perdas ocorridas (o que poderá ocorrer com a implementação da GSE). Certamente que, com os registros e análises das possibilidades de prevenção de perdas, com as ações da GSE no HEJSN, haverá a possibilidade de verificar, a médio e longo prazo, o valor econômico e financeiro dos investimentos propostos

4.0 MEIOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO PREVENTIVA

4.1 Proteção preventiva

A proteção preventiva deve ser o foco fundamental da segurança hospitalar do HEJSN. Isso significa buscar esforços dos meios e medidas visando alcançá-la, evitando-se a ocorrência de um evento indesejável, seja pela minimização, contenção, eliminação ou transferência dos riscos. Nesse sentido, evidenciam-se as orientações específicas dos hospitais americanos e espanhois.  das escolas americana e espanhola sobre os meios e medidas de proteção preventiva.

A orientação americana é difundida pela ASIS . Essa entidade orienta que a proteção preventiva é exitosa quando se utiliza a prevenção do crime através do design ambiental ; barreiras físicas com dificuldades de acesso ao site; controle de acesso e entrada física; iluminação de segurança, Sistema de Detecção de invasão; Vídeo vigilância; Segurança pessoal e políticas e procedimentos de segurança (ASIS GDL FPSM, 2009, p. 1).

A orientação espanhola, difundida por Gómez-Merelo , destaca que os meios técnicos, diferenciados em equipamentos e sistemas de proteção ativa e de proteção passiva. São todos aqueles materiais, elementos, dispositivos, equipamentos e sistemas que se podem empregar ou se empregam, em geral ou especificamente, em contraposição aos riscos ou ameaças identificados e avaliados.

Esses meios técnicos de proteção são destinados às três áreas de segurança integrada: segurança contra atos antissociais; segurança contra incêndios e segurança e saúde no trabalho.

Os meios técnicos de segurança e saúde no trabalho, são de proteção coletiva (proteção e controle do ambiente e lugar do trabalho) e de proteção individual (protetores de cabeça; ouvidos, olhos e do rosto; vias respiratórias; mãos e braços; pernas, pés, tronco e segurança e proteção total do corpo).

Os meios técnicos de segurança contra atos antissociais destinam-se à proteção ativa (sistemas de central e equipamentos de alarmes e sensores de presença; de controle de acessos; de proteção contra invasões; de circuito fechado de televisão (CFTV) e vigilância por monitoramento de câmeras; de comunicações; de proteção das informações e valores; de proteção pessoal e segurança das instalações e equipamentos de tecnologia da informação e comunicação) e de proteção passiva (sistemas de central e equipamentos de controle de acessos; de proteção das informações e valores; de proteção pessoal) (GÓMEZ-MERELO, 1999, p.72-73).

Há uma tendência de integração, de todas as alas do nosocômio para as atividades de vigilância patrimonial e segurança da informação. No caso da legislação espanhola, comparada à brasileira, verifica-se que a segurança contra incêndio e pânico é destacada da segurança e saúde no trabalho.

À vista desse entendimento, serão analisados os meios e medidas de proteção existentes e necessários para a proteção preventiva  do HEJSN. 

4.2 Medidas existentes e/ou necessárias

O HEJSN podem ser divididas em dois grupos de edificação, quando se consideram os padrões recomendáveis para a proteção preventiva por meio da CPTED.

No primeiro grupo, são inseridas as edificações construídas há mais de trinta anos. São as que constituem o complexo do HEJSN. Esta e as demais edificações são mais favoráveis à proteção preventiva. Isso porque o dimensionamento das estruturas das edificações recentes considerou, certamente, as orientações básicas e desejáveis à segurança pessoal e patrimonial. Há facilidades de observação do acesso, circulação e da permanência de pessoas que se deslocam aos diversos espaços onde se desenvolvem os processos de atendimento/pacientes. As características estruturais dos diversos ambientes favorecem a prevenção de possíveis agressões, seja pela observação atenta de um(a) vigia (ou vigilante) ou de uma pessoa no monitoramento remoto de câmeras.

A despeito da divisão ora destacada, verificou-se que as edificações mais antigas, se ainda não têm, podem receber os meios e medidas de proteção preventiva, considerados indispensáveis à segurança hospitalar. 

Considerando as orientações destacadas no item anterior e a prática vigente na maioria das instalações comprometidas com a segurança, verificou-se a realidade das medidas de proteção relacionadas às políticas de segurança hospitalar; barreiras físicas; controle de acessos; alarmes de detecção – de invasão e de incêndio; vídeo monitoramento (CFTV); Iluminação artificial; Pessoal das atividades de segurança  hospitalar e registros dos riscos de segurança do nosocômio, destacando-se aspectos relevantes observados, durante a consultoria.

4.2.1 Políticas de segurança hospitalar 

Há registros específicos sobre procedimentos de segurança hospitalar na ambiência do HEJSN. As informações são compartilhadas entre as pessoas, nos setores de trabalhos. administrativos/atendimentos.

Não há políticas descritas, com objetivos a serem alcançados, mediante estratégias, ações integrativas e procedimentos escritos para os integrantes da comunidade do HEJSN Não há orientações específicas, definindo papéis, responsabilidades e deveres dos setores, profissionais e demais usuários das instalações. Certamente, o senso comum indica sobre a preocupação e os cuidados de protegermos os respectivos pertences. Em consequência disso, há práticas conhecidas e observadas por todos sobre os cuidados e controle da guarda de pertences e condução desses e de outros materiais (exceto os utilizados nos procedimentos funcionais) para o local de trabalho. Há orientações sobre locais de acesso (entrada e saída) de pessoas, dentre outras.

4.2.2 Barreiras físicas

É o obstáculo natural ou estrutural que impede o acesso e a circulação/direção das pessoas, animais, veículos ou materiais.

As unidades localizadas no bairro têm barreiras estruturais que satisfazem a proteção preventiva da medida ora considerada. Houve reforço, na maioria dos muros periféricos, com a instalação das “cercas elétricas” que se danificam com as intempéries. Esses dispositivos são fornecidos e instalados por empresas instaladoras de alarmes mediante contrato de prestação de serviços. No caso dos alarmes, há cláusula contratual evidenciando reparos. Mas não há situação idêntica para com as “cercas elétricas”.

Há necessidade de melhorias, inclusive, construção barreiras em espaços vulneráveis, com possibilidades de acesso para invasores. No caso da unidade de barreira a ser construída ficará na parte interna, dividindo as áreas destinadas  e do estacionamento. A inexistência dessa barreira vulnerabilizam o controle de saída irregular de pacientes e transeuntes e a possibilidade de acesso de estranhos, a partir do estacionamento. 

Nas áreas internas, do HEJSN os espaços destinados às atividades do processo de consulta/atendimento contam com a proteção do sistema estrutural da edificação. O dimensionamento em pavimentos dificulta, por um lado, situações de invasão, diminuindo as possibilidades de sucesso da ação indesejável. Por outro lado, impõe a necessidade de escadas e elevadores, para acessá-los. Com isso, aumentam-se as vulnerabilidades, incluindo-se os “pontos cegos”, não vistos pela vigilância humana, salvo pelo apoio da tecnologia da segurança (detectores de presença e vídeo monitoramento).

À estrutura pavimentada da edificação, acrescentam-se as barreiras constituídas pelas portas de acessos aos espaços de estudos e trabalhos realizados na unidade do HEJSN segundo as orientações do controle do acesso.

4.2.3 Controle de acessos

O acesso é a autorização prévia, temporária ou permanente, para a pessoa entrar, circular e permanecer em uma das áreas de segurança definidas em “2.2” desta avaliação diagnóstica.

As possibilidades de acessos físicos, na unidade do HEJSN, estão descritas no Quadro 2.1. Há, também, os acessos virtuais nos sistemas informatizados definidos que, a despeito de não ser aberto ao grande público, pode ser acessado por crackers (hackers). Em consequência disso, há necessidade de regular esses acessos, como forma de proteger preventivamente os ativos existentes. Tem-se, daí, o controle de acesso físico, das pessoas, veículos e materiais, e acesso virtual das pessoas autorizadas a fazê-lo.

Observou-se que o controle de acesso das pessoas, na unidade do HEJSN tem sido feito, também, por meio de barreiras físicas, descritas anteriormente. Àquelas, acrescentaram-se, ainda, outras medidas de proteção preventiva, com é o caso dos sensores detectores de presença; câmeras de filmagem e gravação de imagens e a presença de profissionais de vigilância em postos considerados vulneráveis.

Mas, há registros indicando invasões que não foram observadas pelos meios e medidas de proteção preventiva existentes. Atentar-se para o controle de acesso é fator crítico de sucesso para a segurança hospitalar. Falhas verificadas nesse meio e medida de proteção preventiva, segundo notícias veiculadas na mídia, tem favorecido a prática criminosa, em várias localidades brasileiras.

Portanto, o controle de acessos, na unidade do HEJSN devem ser feito com a conjugação dos meios e medidas de proteção preventivas. Nesse caso, há necessidade de efetiva coordenação, considerando que as medidas supracitadas são de responsabilidade de gerências distintas.

4.2.4 Alarmes de detecção De invasão

A “invasão de dispositivo informático” e “invasão de estabelecimento” são tipificações criminosas previstas na legislação penal brasileira. Verificado o evento, a exemplo do que já ocorreu, adotam-se as providências subsequentes de responsabilidade do poder público.

A possibilidade de invasão nos dispositivos informáticos ocorrerá, mais frequentemente. Em contrapartida, as possibilidades de detecção e defesa são potencialmente efetivas para evitar êxitos do(s) invasor(es).

A invasão aos espaços da unidade do HEJSN poderá ser furtiva, não violenta, e/ou de forma violenta. Ambas têm objetivos de cunho delituosos. As consequências são invariavelmente subtrações (furtos ou roubos) de bens pessoais ou patrimoniais. Os sistemas de detecção de presença têm sido úteis em alertar outros setores da segurança, desestimulando o invasor da prática criminosa. Há registros de invasão de “ameaça de invasão”. Isso significa que não tem havido efetividade nos meios e medidas de proteção preventiva, seja pela inexistência de alguns ou mesmo pela descoordenação prevista nas estratégias de proteção em profundidade.

4.2.5 De incêndio

Foi alertado anteriormente sobre a exigência das normas quanto ao dimensionamento de sistemas de alarmes e de detecção de incêndios nas unidades do HEJNS

4.2.6 Vídeo monitoramento

Nas unidades do HEJSN não há vídeo monitoramento realizado com câmeras instaladas em Circuito Fechado de Televisão – CFTV. Algumas unidades contam com câmeras instaladas que gravam e armazenam as imagens, possibilitando visualização a posteriori.

A necessidade dessa tecnologia de segurança é fundamental e não há como obter efetividade da segurança escolar sem um Centro de Coordenação e Controle (CCC).

No CCC serão alocados os transceptores das tecnológicas adquiridas, constituídas pelos hardwares e periféricos, além dos softwares, que facilitarão o trabalho de visualização, por meio de câmeras, fixas ou móveis e de aproximação, de detecção de presença ou de indicativos de uma possível ocorrência de incêndios. Desse modo, tem-se também que, além de abrigar os dispositivos tecnológicos de controles dos meios e medidas de proteção preventiva, no CCC será concentrada toda veiculação de informações de interesse da segurança hospitalar.

As orientações previstas nas políticas de segurança hospitalar recomendam que o CCC seja um órgão subordinado administrativamente ao setor responsável pela segurança das informações. Essa prática tem-se mostrado exitosa, seja pela necessidade da performance tecnológica ou pela possibilidade do favorecimento da integração com os demais setores envolvidos nas atividades de segurança.

Um CCC, insiste-se, é indispensável ao sucesso da segurança  hospitalar integrada, constituindo-se numa ferramenta de suporte capaz de agilizar a troca de informações, além de possibilitar decisões orientadoras de ações preventivas, individuais e coletivas, acertadas e oportunas.

As informações técnicas levantadas indicam que um CCC terá possibilidades de dar o suporte desejável a todas as unidades do HEJSN mesmo instalado em Espirito Santo.

4.2.7 Iluminação artificial

A iluminação artificial é diferente o sistema de iluminação de emergência, projetado para iluminar os ambientes de saídas de emergência, no caso do corte de energia fornecida em situação de normalidade. A estrutura arquitetônica do HEJSN mencionados anteriormente favorece, ou não, a iluminação natural em boa parte das instalações. Isso favorece as ações de vigilância e de vídeo monitoramento, no ambiente interno. Mas, nas áreas onde não há penetração da luz natural, inclusive, no interior das escadas e áreas contíguas, há necessidade de iluminação artificial.

Durante a noite, nas áreas externas, nas imediações das edificações e demais espaços internos e/ou abertos (ou descobertos) há necessidade de iluminação artificial noturno devem ter os pátios iluminados, como se fossem de dia. Esses espaços e os citados anteriormente, têm de ser iluminados e observados pelo vídeo monitoramento.

Do contrário, ocorrerá, certamente, situações indesejáveis consequentes de agressões diversas. Considerando as características das atividades desenvolvidas na produção da saúde, inclusive, funcionamento diuturno, o ideal é não haver diferença de luminosidade dos espaços supracitados, durante o dia ou noite.

4.2.8 Pessoal das atividades de gestão da segurança hospitalar 

Os setores responsáveis pelas atividades de segurança prevista para a ambiência hospitalar atuam de forma desintegrada, a despeito de buscarem a especialização das respectivas especificidades. Essa situação ocorre naturalmente nas unidades do HEJSN. Isso porque os setores desenvolvem os esforços necessários para cumprirem as respectivas missões. Entretanto, na maioria das vezes, diante da falta de comunicação com os demais setores, os esforços não alcançam os resultados esperados, devido, principalmente, às ações, individuais e/ou coletivas, desintegradas, quando deveria ser o contrário.

A despeito disso, as informações buscadas nas pesquisas analisadas, visitas e entrevistas realizadas indicam que a GSE na unidade do HEJSN deverá contar com o envolvimento dos responsáveis pela gestão dos conflitos – aí incluídos os responsáveis pelo pavilhão/ala –; recepção/telefonia e encaminhamento de pessoas; prevenção de acidentes e segurança de incêndios; vigilância e proteção pessoal e patrimonial e proteção dos dados e apoio tecnológico de segurança hospitalar. Esses setores constituem o principal, o mais inteligente, o único capaz de tomar decisão, dentre os demais meios e medidas de proteção preventiva, porque é constituído pelo pessoal das atividades da GSE, conforme descrições seguintes.

4.2.9 Gestores de conflitos – pessoal do pavilhão/ala hospitalar

A segurança hospitalar somente alcançará seus objetivos de prevenir situações agressivas contra as pessoas e o patrimônio se contar com apoio e a participação dos setores hospitalares que gerem os conflitos.

4.2.10 Recepção e telefonia

Observou-se que, na unidade do HEJSN há o desenvolvimento dos serviços de recepção e telefonia e têm papel relevante no contexto da segurança hospitalar. Trata-se de uma atividade prioritária, o atendimento às pessoas – e aos chamados telefônicos –, além de orientá-las, nos seus deslocamentos aos locais desejados, ou redirecionar as ligações externas aos destinatários. Mas em diversos momentos de suas atividades, esses profissionais podem tomar conhecimento de situações que devem ser compartilhadas, com oportunidade, a outros setores da segurança hospitalar Isso facilitará, certamente, uma tomada de decisão, igualmente oportuna, evitando-se a ocorrência de um evento indesejável.

No caso da telefonista do nosocômio, há possibilidades de atender chamados considerados “trotes”, ou não. De qualquer forma, aconselha-se atentar-se para os detalhes, registrando-os para ações posteriores.

4.2.11 Segurança e saúde no trabalho (SST)

As condições estruturais e de dimensionamento dos espaços, excetos as indicativas de vulnerabilidades, favorecem boas condições, segundo as normas brasileiras para o trabalho. Assim, no contexto da segurança hospitalar da unidade do HEJSN a SST tem atribuições fundamentais previstas no Decreto-Lei n⁰ 5.452/43 e modificações posteriores.

A prevenção de acidentes, nas diversas áreas de segurança, tem sido orientada, com atenção especial às recepções, acessos e circulação nos diversos espaços utilizados no desenvolvimento das atividades gerenciadas, a despeito da legislação brasileira não orientar os registros dos acidentes envolvendo os funcionários em geral na unidade do HEJSN.

Outra responsabilidade, atribuída à SST, é a coordenação e execução das medidas de segurança contra incêndios e pânicos. Nesse caso, a atividade não tem sido efetiva, considerando que não foi organizada a brigada de incêndio para a unidade do HEJSN conforme exigência da legislação. Acrescente-se, também, as atividades consequentes e relacionadas ao abandono da edificação, inclusive, a condução dos pacientes e funcionários para os respectivos PR estabelecidos. Essas responsabilidades devem ser compartilhadas com o setor técnico responsável, incluindo-se dentre outros profissionais de apoio às atividades e da segurança hospitalar.

As atribuições e responsabilidades de SST são conduzidas e lideradas por um Técnico especializado na área, subordinado ao setor de Desenvolvimento Humano.

4.2.12 Vigilância e proteção pessoal e patrimonial

Essa atividade é competência legal da segurança privada, conforme Lei nº 7.102/83 , regulamentada pelo Decreto 89.056, de 24/11/83, são “as atividades desenvolvidas em prestação de serviços” que se encarregam da “vigilância patrimonial das instituições financeiras e de outros estabelecimentos, públicos ou privados” e a “segurança de pessoas físicas”; além de “realizar o transporte de valores” e a garantia “do transporte de qualquer outro tipo de carga” (Grifamos).

No contexto das normativa brasileira da segurança privada, destaca-se, também, a Portaria que “disciplina as atividades de segurança privada, armada ou desarmada, desenvolvidas pelas empresas especializadas , pelas empresas que possuem serviço orgânico de segurança e pelos profissionais (vigilantes ) que nelas atuam, bem como regula a fiscalização dos planos de segurança dos estabelecimentos financeiros”.

No § 3º da norma supracitada encontra-se que:

§ 3º – São consideradas atividades de segurança privada:

I – vigilância patrimonial: atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio;

II – transporte de valores: atividade de transporte de numerário, bens ou valores, mediante a utilização de veículos, comuns ou especiais;

III – escolta armada: atividade que visa garantir o transporte de qualquer tipo de carga ou de valor, incluindo o retorno da equipe com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários;

IV – segurança pessoal: atividade de vigilância exercida com a finalidade de garantir a incolumidade física de pessoas, incluindo o retorno do vigilante com o respectivo armamento e demais equipamentos, com os pernoites estritamente necessários; e

V – curso de formação: atividade de formação, extensão e reciclagem de vigilantes (Inciso III, do art.2º, da Portaria 3.233/12).

Na referida norma, foram definidos os seguintes objetivos: dignidade da pessoa humana; segurança dos cidadãos; prevenção de eventos danosos e diminuição de seus efeitos; aprimoramento técnico dos profissionais de segurança privada e estímulo ao crescimento das empresas que atuam no setor.

Com efeito, a VOP é atividade exclusiva de Vigilante, conforme a legislação citada e a Portaria nº 3.233/2012-DG/DPF, de 10 de Dezembro de 2012 e modificações posteriores. Verifica-se na citada portaria que:

(…)

Art. 1º (…)

I – vigilância patrimonial: atividade exercida em eventos sociais e dentro de estabelecimentos, urbanos ou rurais, públicos ou privados, com a finalidade de garantir a incolumidade física das pessoas e a integridade do patrimônio;

(…)

Art. 18. A atividade de vigilância patrimonial somente poderá ser exercida dentro dos limites dos imóveis vigiados e,(…) deve se ater ao espaço privado objeto do contrato.

(…)

Art. 114 (…)

§ 1º As empresas de vigilância patrimonial poderão dotar seus vigilantes, quando em efetivo serviço, de revólver calibre 32 ou 38, cassetete de madeira ou de borracha, e algemas, vedando-se o uso de quaisquer outros instrumentos não autorizados pelo Coordenador-Geral de Controle de Segurança Privada.

(…)

§ 1º. Nas atividades de vigilância patrimonial e segurança pessoal, as empresas poderão dotar seus vigilantes das seguintes armas e munições não-letais de curta distância – até dez metros:

I – espargidor de agente químico lacrimogêneo (CS ou OC) de até 70g, em solução (líquido), espuma ou gel; e

II – arma de choque elétrico de contato direto e de lançamento de dardos energizados;

(…)

Art. 149. O uniforme do vigilante é obrigatório e de uso exclusivo em serviço, devendo possuir características que garantam a sua ostensividade.

§ 1º A fim de garantir o caráter ostensivo, o uniforme deverá conter os seguintes elementos:

I – apito com cordão;

II – emblema da empresa; e

III – plaqueta de identificação do vigilante, autenticada pela empresa, com validade de seis meses, constando o nome, o número da Carteira Nacional de Vigilante – CNV e fotografia colorida em tamanho 3 x 4 e a data de validade.

(…) (Portaria nº 3.233/2012-DG/DPF, 2012).

As informações anteriores demonstram claramente que a segurança privada e as respectivas atividades são exercidas pelo vigilante, o que não ocorre na Unidade do HEJSN
Entendida a concepção legal do que é vigilante, é possível cotejar as funções básicas desse profissional com as do vigia, segundo a orientação fixada pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) do Brasil ao regulamentar as ocupações profissionais.

Na classificação brasileira de ocupações (CBO) adotada pelo MTE, são conhecidas duas “famílias”:

Código: “5173” – “Vigilantes de guardas de segurança”;

Código “5174” – “Porteiros e vigias”.

Na categoria “5173”, há as seguintes subdivisões: 5173-05 , 5173-10 , 5173-15 , 5173-20 e 5173-25 e 5173-30 . Na descrição sumária firmada pelo MTE, durante a ocupação legal, os profissionais enquadrados nessa categoria:

(…)

Vigiam dependências e áreas públicas e privadas com a finalidade de prevenir, controlar e combater delitos como porte ilícito de armas e munições e outras irregularidades; zelam pela segurança das pessoas, do patrimônio e pelo cumprimento das leis e regulamentos; recepcionam e controlam a movimentação de pessoas em áreas de acesso livre e restrito; fiscalizam pessoas, cargas e patrimônio; escoltam pessoas e mercadorias. Controlam objetos e cargas; vigiam parques e reservas florestais, combatendo inclusive focos de incêndio; vigiam presos. Comunicam-se via rádio ou telefone e prestam informações ao público e aos órgãos competentes” (MTE) (Grifamos).

A categoria “5174”, denominada Porteiros e vigias tem as subcategorias 5174-05 , 5174-10 , 5174-15 , 5174-20 . No entendimento do MTE, esses profissionais:

(…)

Zelam pela guarda do patrimônio e exercem a vigilância de fábricas, armazéns, residências, estacionamentos, edifícios públicos, privados e outros estabelecimentos, percorrendo-os sistematicamente e inspecionando suas dependências, para evitar incêndios, roubos, entrada de pessoas estranhas e outras anormalidades; controlam fluxo de pessoas, identificando, orientando e encaminhando-as para os lugares desejados; recebem hóspedes em hotéis; escoltam pessoas e mercadorias; fazem manutenções simples nos locais de trabalho” (MTE) (Grifamos).

Na Unidade do HEJSN os profissionais indicados no Quadro 4.1 estão enquadrados nas categorias 5174-15 e 5174-20, descritas anteriormente, a despeito de alguns possuírem o Curso de Formação de Vigilantes.

Verificou-se que a situação atual mais preocupante encontra-se na unidade localizadas no bairro em Espirito Santos, pois a quantidade de profissionais não é suficiente para atender a demanda apresentada. À época, o contingente previsto era de 19 profissionais. Havia 18, com um profissional de férias e outro afastado com problemas de saúde.

As movimentações, nos deslocamentos dos profissionais dos respectivos postos e horários indicados anteriormente, têm sido um paliativo àquela situação.

Assim, na perspectiva de completar e ampliar o quadro de profissionais e consequentes melhorias, propõe-se:

Primeira proposta – completar o quadro de profissionais, totalizando 19, com a contratação de mais um profissional para atuar na Ala de pediatria. Desse modo, a unidade terá um profissional na segurança durante o período de funcionamento;

Segunda proposta – aumentar um cargo (contratando-se mais um profissional) para atuar, inclusive, no acolhimento da portaria principal. Com isso, o vigia daquele posto fará rondas preventivas, nas áreas externas, com pontos-base (PB) previstos nas imediações dos postos existentes.

Quadro 4.1 – Situação do pessoal responsável pela vigilância patrimonial e pessoal da Unidade do HEJSN.

Cidade                                  Edificação            (Unidade)                       Pessoal (1)                Previsto Existente Serviço             D N
Espirito Santo      Diretoria-Geral e setores de apoio administrativo (2) 2 2 1 1
Estacionamento (2) 2 2 1 1
(1) – Inclui um responsável pela coordenação do setor. Há um servidor de férias e outro afastado.

D – diurno; N – noturno.

(2) – Serviço até as 23h.

(3) – Turno de 24h.

(4) – Durante a entrada e saída de turnos, os profissionais de serviços deslocam-se para as portarias localizadas na

(5) – Após as 18 h, um profissional desloca-se para a portaria de acesso ao pronto socorro, 

Naquela situação, o vigia, no horário de entrada e saída de turnos, no período de 6 às 18 h, continuaria apoiando os profissionais da portaria citada. Além disso, um dos vigias noturno, no período de 20 às 23h pode cumprir a missão ora pretendida. Entre as 23h e 6h, os vigias farão rondas internas externas, individualmente ou em dupla;

Terceira proposta – aumentar um posto de vigilância (contratando-se mais um profissional de vigilância, com jornada de 8h, de segunda a sexta-feira). Nesse caso, o contingente de profissionais de vigilância aumentará para 20, mantendo-se a situação atual, no período diurno, durante o acesso de funcionários. Em contrapartida, aumenta-se a vigilância externa, naqueles dias, de 8h às 16h, com mais um vigia realizando rondas preventivas, a pé ou motorizada, nas áreas externas, com pontos-base (PB) previstos nas imediações dos postos existentes. Após as 18h será mantida a situação da proposta anterior, caso seja adotada;

Quarta proposta – aumentar dois postos de vigilância (contratando-se mais dois profissionais de vigilância, com jornada de 16h, de segunda a sexta-feira). Nesse caso, o contingente de profissionais de vigilância aumentará para 21. Em contrapartida, aumenta-se a vigilância externa, naqueles dias – de 8h às 12h, com mais um vigia; de 12h às 16h, com mais dois vigias, e de 16h às 24h –, com mais um vigia, realizando rondas preventivas, a pé ou motorizada, nas áreas externas, com pontos-base (PB) previstos nas imediações dos postos existentes.

Certamente que as propostas apresentadas têm vantagens e desvantagens, notadamente, nos impactos de ordem econômico-financeira e na segurança do hospital. Se aceita(s) e implementada(s) a(s) terceira ou a quarta proposta(s), será avaliada a situação, com vistas a atender ao HEJSN.

4.2.13 Segurança da informação (SI)

No contexto da segurança escolar, a SI tem papel importante com a participação nas ações de vídeo monitoramento, além daquelas relacionadas à proteção dos dados e das informações do HEJSN e do desenvolvimento e estímulo do uso de tecnologia em apoio aos demais setores de apoio aos Profissionais da  medicina e funcionários do nosocômio. Há, portanto, oportunidade de integração, principalmente, com os setores responsáveis pela segurança hospitalar e a possibilidade de acesso às informações, no tempo certo, a ser utilizadas nas tomadas de decisão.

Experiências bem-sucedidas, com o vídeo monitoramento gerenciado pelo setor da segurança da informação, demonstram que as ações de observação, registros subsidiam análises capazes de melhorar a performance da GSE, a despeito de surgir, num primeiro momento dificuldades, não apenas de ordem econômico-financeira, mas de inter-relacionamentos entre os integrantes da GSE, porquanto que serão, certamente, observados, no desenvolvimento de suas ações individuais ou coletivas.

A superação desse problema passa necessariamente pela realização de treinamentos conjuntos, quando são criadas oportunidades de confrontos que é uma das formas saudáveis de solucionar conflitos dessa natureza.

O dimensionamento da quantidade de câmeras, na unidade do HEJSN  para ser ligadas ao sistema de vídeo monitoramento do CCC, é tarefa integrada para os integrantes da GSE, sob a coordenação direta dos responsáveis pelos setores de segurança da informação e da vigilância e proteção pessoal e patrimonial.

4.2.13 Registros, análises e investigações das ameaças de segurança hospitalar

São realizados conforme descritos no item “3.4” deste documento. Todavia estão restritos a dois setores da segurança e não têm sido analisados da forma conveniente para gerar produtos auxiliares na mensuração, avaliação e verificação da melhoria do processo hospitalar. Há, certamente, registros relacionados aos conflitos trazidos ao hospital e de conhecimento dos gestores responsáveis pelos setores técnicos  Administrativos.

É importante avaliar a forma de registro e compartilhamento das informações dos conflitos não equilibrados que se tornaram atos de violência, com reflexos na segurança  hospitalar. Algumas informações dessa natureza, se inexistentes ou intempestivas, concorrem para a ocorrência de fatos indesejáveis. Isso é comum nos episódios em que um paciente quando não alcançam a proteção desejada no hospital, cometem atos de indisciplina, inclusive, “fugindo” da ambiência hospitalar.

No compartilhamento das informações registradas, há de se cuidar obviamente da observância da tutela legal relacionada à proteção e divulgação dos dados e informações importantes, principalmente, das crianças e adolescentes. Acresce-se também a responsabilidade legal daqueles que por dever de ofício tomarem conhecimento dos dados e informações e lhe deram publicidade em virtude de desídia ou irresponsabilidade.

O entendimento ora exposto é indispensável nas discussões colegiadas que buscam a melhoria segurança hospitalar.  Trata-se de uma ação integrativa aliada a um procedimento operacional que deve ser cultivado, a exemplo de outras ações comprometida com o desenvolvimento de uma segurança  hospitalar orientada pela inteligência. Nesse caso, realiza-se o ciclo de registrar, analisar e compartilhar os eventos. Na fase de análise, pode ocorrer a necessidade de ações investigativas, ou buscas sistemáticas, nas fontes existentes, e com o suporte dos conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis, visando ao equacionamento e/ou solução dos conflitos ou violências evidenciadas.

5.0 CONCLUSÃO

5.1 Considerações conclusivas.

Esta avaliação diagnóstica foi realizada com o objetivo de conhecer as situações de segurança  hospitalar do HEJSN. Nas informações coletadas e relatadas neste documento, verificou-se, incialmente, que a segurança hospitalar é o conjunto das atividades desenvolvidos de forma integrada visando a gestão dos conflitos e da violência nos hospitais Observou-se, também, que a ambiência da unidade do HEJSN é propícia aos conflitos, com possibilidades de ocorrência e de modo semelhantes ao que já foi verificado, nos hospitais privados e estatais brasileiras, e amplamente discutidos nas pesquisas realizadas. Além das informações ali encontradas, outras – que compõem a literatura da necessidade de equilibrar os riscos, a fim de evitar a violência hospitalar -, evidenciam claramente a premência do gerenciamento dos conflitos trazidos à unidade do HEJSN.

Conflitos na ambiência hospitalar é um dos fenômenos mais desafiadores aos processos de atendimento ao público. Se equilibrados, os conflitos não têm reflexos desfavoráveis à ambiência da unidade do HEJSN. Do contrário, transformam-se em violência e os respectivos graus têm baixo, médio ou alto impacto na segurança hospitalar, impondo a reparação necessária, consequente da demanda institucional, consequente da imposição de mercado ou da exigência de paz e tranquilidade buscada diuturnamente pela comunidade hospitalar.

No contexto da comunidade hospitalar encontra-se a comunidade do HEJSN e os seus setores específicos, com atribuições e responsabilidades fundamentais no gerenciamento dos conflitos e da violência hospitalar. Desses, surgem as agressões internas que, segundo dados de pesquisas analisadas, superam as agressões externas ou aquelas causadas, no perímetro do hospital, contra as pessoas e o patrimônio da Comunidade do HEJSN.

À vista disso, indaga-se:

de que maneira a Unidade do HEJSN gerenciará o conflito que se transforma em violência e reflete na segurança hospitalar?

Desenvolver um gerenciamento integralizado e comprometido pela comunidade do HEJSN é uma resposta imediata. O gerenciamento integralizado significa que não haverá secionar na gestão de conflitos da gestão da violência, a exemplo do que ocorre hoje na maioria dos hospitais brasileiros. Na unidade do HEJSN, observou-se que o equilíbrio dos conflitos tem sido buscado, invariavelmente, pelo setor técnico de forma seccionada.

Não é aconselhável tal seccionamento, pois é fruto da inobservância daquela orientação de que o hospital não é local de violência, onde os conflitos se resolvem pelo atendimento aos pacientes, e o conflito não é equilibrado, tem-se a violência.  hospitalar! Mas, no escopo desta avaliação diagnóstica, não constava realizar uma abordagem detalhada do equilíbrio dos conflitos que entram no nosocômio. Mesmo porque é uma tarefa técnico que tem sido conduzida pelos setores específicos. Por outro lado, verificou-se, igualmente, que a segurança hospitalar tem sido desenvolvida sem a desejável integração. Os responsáveis pelas atividades da saúde e segurança no trabalho, da vigilância e proteção pessoal e patrimonial e da segurança da informação não se comunicavam entre si, inclusive com as pessoas responsáveis pelo setor de recepção e telefonia. Não haverá segurança hospitalar integrada, se cada um desses setores direcionarem suas atividades isoladamente. Isso é divisão de esforços que favorece o surgimento de vulnerabilidades e ameaças consequentes e geradoras de riscos.

Segue-se, então, que um gerenciamento não integralizado, porquanto seccionado, dificilmente será comprometido. Isso porque diálogo e confiança mútuos são fundamentos inseparáveis do comprometimento. Assim, a segurança hospitalar deve ser  integrada, comprometida e desenvolvida harmonicamente pelos profissionais dos setores técnicos  – aí incluídos os responsáveis pelo gerenciamento -; recepção/telefonia e encaminhamento de pessoas; prevenção de acidentes e segurança de incêndios; vigilância e proteção pessoal e patrimonial e proteção dos dados e apoio tecnológico de segurança hospitalar. Eis o fundamento de um sistema de segurança escolar. hospitalar.

Em consequência disso, a unidade do HEJSN desenvolverá esforços necessários para gerir os riscos de segurança hospitalar classificados de “atitudes inconvenientes”, ou incivilidade; “ameaças”; “agressões a  “funcionarios”  “agressões a adultos”; “danos”; “furtos”; “invasões”; “roubos – tentados e consumados”, além das situações desfavoráveis de trânsito e as possibilidades de “acidentes” e “incidentes” nos estacionamentos. Embora evidenciadas nas pesquisas, não há, nos registros do HEJSN verificados, indicativos de agressão consequente da discriminação consequente da “ideologia da ‘democracia racial’” e de “xingamentos e insultos”.

5.2 Considerações sugestivas.

Com efeito, para superar o desafio evidenciado nesta avaliação diagnóstica, sugere-se a ao HEJSN adotar um conjunto de esforços para arquitetar, implementar e operacionalizar seu sistema de segurança hospitalar para prevenir a incidência de possíveis ameaças e riscos capazes de causar danos e perdas.

5.2.1. A proposta de arquitetar o sistema de segurança hospitalar implica na busca de soluções para o tratamento dos riscos evidenciados e melhoria e redimensionamento dos meios e medidas de proteção preventiva, existentes ou a ser adquiridos, assim designados:

  • Políticas de segurança hospitalar;
  • Estratégias de proteção hospitalar;
  • Barreiras físicas;
  • Controles de acesso
  • Alarmes de detecção – de invasão e de incêndios
  • Vídeo monitoramento em circuito fechado de televisão (CFTV);
  • Iluminação artificial;
  • Pessoal executor da segurança hospitalar;
  • Registros, análises e investigações das ameaças de segurança hospitalar.

No tratamento dos riscos, verificou-se que não há riscos evitáveis, com a simples eliminação dessa ou daquela atividade. É importante refletir sobre os desafios impostos à ambiência da unidade do HEJSN. Iniciam a partir do acolhimento diário de sua comunidade até ao desenvolvimento dos processos multivariados do do HEJSN. 

Por outro lado, não há probabilidades significativas de riscos com altos impactos. Porém, os riscos evidenciados, com alta probabilidades de ocorrências são de baixos impactos. São riscos aceitáveis e devem ser geridos segundo os esforços existentes e otimizados com o aporte de recursos a ser inseridos nos objetivos estabelecidos na política de gestão da segurança hospitalar. Desse modo, os riscos serão retidos e/ou reduzidos, bem como compartilhados mediante as possíveis parcerias com os órgãos e entidades privadas ou do poder público estadual e municipal, ou mesmo transferidos, mediante a participação de seguradoras, conforme tem sido feito. De qualquer forma, capacitar-se para tratar os riscos é empenhar-se nesse e nos demais esforços descritos em seguida.

5.2.2 A implementação do sistema de segurança hospitalar no HEJSN, é alcançada com a compreensão das políticas e normas orientadoras e descritas nos seguintes documentos:

  1. PCAGSE – Política de Gestão da Segurança hospitalar;
  2. NOR-01-GSE – Plano de Gestão da Segurança hospitalar; 
  3. NOR-02-GSE – Manual de Ações Emergenciais Contra Incêndios, Pânicos e Outros Sinistros
  4. NOR-03-GSE – Manual de Procedimentos Fundamentais da Gestão da Segurança hospitalar;
  5. NOR-04-GSE – Manual de Gestão de Crises na Gestão da Segurança hospitalar;
  6. NOR-05-GSE – Controle de Acesso na Gestão de Segurança hospitalar;
  7. NOR-06-GSE – Centro de Coordenação de Controle da Gestão de Segurança hospitalar;
  8. NOR-07-GSE – Orientação de Utilização do Estacionamento na Gestão de Segurança hospitalar;
  9. NOR-08-GSE – Plano de Implementação, Atualização, Avaliação e Metas da Gestão de Segurança hospitalar.

Nessas políticas de segurança hospitalar, estão definidos os princípios e objetivos estratégicos considerados na perspectiva dos beneficiados – os integrantes da comunidade do hospital na perspectiva da gestão e operacionalidade dos setores envolvidos, direta ou indiretamente, inclusive os parceiros; na perspectiva da comunidade do HEJSN com o estímulo do comprometimento e da atualização funcional e na perspectiva dos recursos e tecnologia.

Estão, igualmente, descritas, as diretrizes exequíveis e aplicáveis às situações exigidas para a ambiência da unidade do HEJSN.  Nos demais documentos destacados, encontram-se as orientações aos procedimentos práticos e atualizados, bem como as ações de coordenação e supervisão e do treinamento diuturno dos profissionais e a utilização da tecnologia de segurança existente e a ser adquirida.

5.2.3 A operacionalização é fruto de gestão programada. É conduzida por profissionais experientes e comprometidos com o sucesso do negócio do HEJSN mediante sistemáticas atualizações e avaliações comprometidas com os melhores resultados.

5.2.3.1 Nas atividades de atualização, os profissionais dos diversos setores terão oportunidade de conhecer:

  • algumas orientações capazes de esclarecer, complementar e reforçar os conhecimentos utilizados nas atividades diuturnas de gestão dos conflitos e da violência;
  • melhor os parceiros internos, a fim de quebrar resistências, melhorar as relações de confianças na busca de equacionamentos e soluções conjuntas para as situações emergentes.

Nas atividades de avaliações, serão viabilizadas mais oportunidades de integração. Nessas atividades, conforme orientações descritas na norma que contém o Plano de Gestão da Segurança Hospitalar.

5.2.3.2 Afinal, HEJSN tem consciência dos compromissos que lhe competem para a manutenção de uma ambiência de paz e tranquilidade de cada unidade hospitalar, visando a ao Hospital Seguro e Protegido. No hospital seguro, os conflitos são equilibrados, previnem-se o acidente e a ocorrência de incêndios e pânicos. No hospital protegido, são identificados e analisados os graus de riscos, nos espaços internos (de acesso, circulação e permanência) utilizados pela comunidade do HEJSN e, nos espaços externos, nas imediações da unidade escolar.

Assim, o HEJSN: 

a) Promoverá a proteção preventiva para não ser responsabilizado legalmente por negligência;

b) Qualificará para atender as exigências dos órgãos credenciadores e agências públicas reguladoras;

c) Assegurará a reputação institucional e minimiza o impacto financeiro consequentes de danos e perdas.

Este é o caminho sugerido pela consultoria realizada a fim de que o HEJSN arquitete, implemente e operacionalize a segurança hospitalar.

6.0 APROVAÇÕES

APROVAÇÕES

Esta Avaliação Diagnóstica de Segurança Hospitalar foi elaborada, no período de Março a outubro de 2014, com o objetivo de atender necessidade do Hospital Estadual Jamies Santos Neves e atender Cláusula Contratual inserida no Contrato de Prestação de Serviços, firmado entre o HEJSN e a Intechnet (atual Grupo MindBR)  – dos Serviços de segurança hospitalar orientados pela inteligência.

Belo Horizonte, 27 de Novembro de 2014

Elaborador responsável:

Isaac de Oliveira e Souza

Consultor Sênior da Intechnet

Aprovador Legal

 

Diretor-geral do HEJSN 

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